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'Teremos o abril mais triste de nossas vidas', diz pesquisadora da Fiocruz

A pneumologista Margareth Dalcolmo, em entrevista à GloboNews - Reprodução/GloboNews
A pneumologista Margareth Dalcolmo, em entrevista à GloboNews Imagem: Reprodução/GloboNews

Colaboração para o UOL

01/04/2021 08h25

A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Margareth Dalcolmo disse que abril será um mês triste para o Brasil por causa da covid-19. Ontem, em entrevista à GloboNews, a médica disse que a sociedade tem que estar ciente de que a vacina é uma solução, mas não um milagre.

Antes, a pesquisadora já havia adiantado que março também seria um mês muito afetado pela covid-19. De fato, o mês fechou ontem com um saldo de mortos duas vezes maior que o registrado no pior mês de 2020, com 66 mil óbitos. Após julho, as mortes começaram a cair, mas logo voltaram a subir com o início dos feriados de verão e fim de ano.

"A vacina é espetacular, é uma solução, mas a vacina não é milagre. A vacina, sozinha, não vai resolver. As pessoas têm que se vacinar e ficarem nas suas casas. Nós pedimos e vou pedir mais uma vez, não pode ter Páscoa, não pode ter festas, não pode ter aglomerações, não pode ter cerimônias de famílias, não pode ter festa de aniversário, não pode ter nada", disse Dalcomo.

A pesquisadora afirma que assim também deveria ter sido o Natal e o Carnaval. "Mas, infelizmente, parece que o que nós estamos dizendo não é entendido por todas as pessoas e isso nos entristece muito, porque vamos continuar a trabalhar todos os dias. Nos entristece internar pessoas jovens como estamos internando hoje", disse a médica.

Margareth Dalcolmo ainda salientou que a doença mudou e que novas variantes de covid-19 adoecem pessoas muito mais jovens.