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Março registra o dobro de mortes por covid-19 do que o pior mês de 2020

EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO

Carolina Marins e Douglas Porto

Do UOL, em São Paulo

31/03/2021 20h38Atualizada em 31/03/2021 21h03

Confirmando a previsão de especialistas de que março seria o pior mês da pandemia, o mês fecha hoje com um saldo de mortos duas vezes maior do que o registrado no pior mês de 2020. Foram mais de 66 mil óbitos durante os 31 dias do mês. Até então o recorde era de julho, com mais de 32 mil mortes.

Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, foram registradas 66.868 mortes este mês contra 32.912 do mês de julho, considerado o pico da primeira onda. Antes mesmo de acabar, março já havia superado esse patamar no dia 19.

Após julho, as mortes começaram a cair, até atingir um pouco mais de 13 mil em novembro. Porém, com o início dos feriados de verão e fim de ano, os números voltaram a crescer e explodiram em março.

O Brasil bateu vários recordes de novas mortes durante o mês e quase todos os dias registraram recordes na média móvel de mortes. Hoje, a média ficou em 2.971, novamente a maior da pandemia.

Além disso, pela primeira vez, o país apresentou tendência de aceleração na média móvel durante todos os 31 dias do mês. Este é o período mais longo que o Brasil mantém o indicador.

Ontem o UOL mostrou como todos os estados, com exceção do Amazonas, apresentaram tendência de aceleração durante este mês. Entre os dias 8 e 28 de março, o Brasil teve consecutiva e diariamente 20 das 27 unidades da federação apresentando alta.

Nos dias 14 e 15 de março, 23 estados e o Distrito Federal apresentaram alta, o maior número desde o início da pandemia. Os indicadores mostram como, dessa vez, o colapso da pandemia atinge todos os estados do país de forma simultânea.

Hoje foram registradas 3.950 novas mortes, totalizando 321.886 óbitos. Mais de 12 milhões de pessoas já foram infectadas pela doença.