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SP: surfista dribla restrição e tem prancha quebrada por fiscal no Guarujá

Naian Lopes

Colaboração para o UOL, em Pereira Barreto (SP)

03/04/2021 20h59

A equipe da Guarda Civil Municipal do Guarujá entrou em confusão com surfistas que invadiram as praias da cidade durante o lockdown, na manhã de ontem (2). Conforme mostra um vídeo que circula nas redes sociais, houve trocas de insultos, apreensão e até pranchas quebradas, além de uso de arma.

Segundo as imagens, um fiscal, que não é da Guarda, mas responsável por garantir o cumprimento do decreto que impede o uso das praias, joga duas pranchas na areia e uma delas acaba quebrando. O vídeo permite ver ainda um dos guardas da GCM segurando uma arma de fogo e, depois, algemando um homem.

A GCM explicou que as pessoas presentes teriam agredido fisicamente os fiscais e os guardas foram acionados para a proteção dos funcionários. Uma pessoa foi levada à delegacia por desacato à autoridade e a polícia registrou boletim de ocorrência.

A Prefeitura de Guarujá informou que o caso aconteceu durante uma ocorrência de aglomeração na praia de Pernambuco, que contava com surfistas descumprindo ordens do decreto de restrições. O grupo teria sido orientado a deixar o local, mas teria desacatado a equipe de fiscalização.

A administração também deixou claro que, caso haja a constatação de alguma ação desproporcional, o episódio ganhará uma apuração administrativa, com possíveis punições aos responsáveis.

O que diz a prefeitura?

Em nota, a Prefeitura do Guarujá declarou que todos os cidadãos possuem direitos e deveres iguais e por isso não pode permitir privilégios para determinados grupos. O comunicado também ressalta que é orientação padrão das equipes de fiscalização e da GCM que atue dentro da lei e com práticas operacionais para esse tipo de episódio.

Nas redes sociais, um grupo de moradores da cidade defendeu os guardas e fiscais e criticou o comportamento dos surfistas. "Gente uma hora a paciência acaba também, né? Não estou dizendo que eles [guardas e fiscais] estão certos, mas o esgotamento emocional e mental são reais, eles estão cumprindo ordens, e para o próprio bem da população, não custa respeitar, se o brasileiro obedecesse desde o começo não teríamos chegado nesse número assustador que chegamos infelizmente", opinou um munícipe.

"O triste é as pessoas não entenderem que muitos estão perdendo seus amigos e familiares e não respeitam os decretos", comentou outro morador.

Restrições

O estado está na fase emergencial do Plano São Paulo para tentar diminuir o número de casos de covid-19. Muitas cidades do litoral deixaram os decretos mais rígidos, colocando barreiras nas praias e limitando a circulação de pessoas nas ruas.

Na quarta, a atualização mais recente da Prefeitura informou que a taxa de ocupação de pessoas internadas com covid-19 nas UTIs da cidade estava em 88% e 100% na enfermaria.