Abril deve ser o pior mês da pandemia em São Paulo, diz secretário
O secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, prevê que abril seja o pior mês da pandemia na capital. Em entrevista à GloboNews na manhã de hoje, ele reforçou a necessidade de manter o isolamento social para evitar mais colapsos nos hospitais da cidade.
"Nós acreditamos que abril deve ser o pior mês da pandemia em São Paulo. Não é o caso de voltar a permitir cultos religiosos, pois é mais um ambiente de alta capacidade de transmissão do vírus, por isso devem ser proibidos nos próximos dias. É importante que as pessoas permaneçam em casa para ajudar a controlar essa situação", disse.
Aparecido também falou sobre a situação dos hospitais na capital paulista. De acordo com ele, São Paulo registrou ontem uma queda de 2% na taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), de 92% para 90%.
Nós estamos acompanhando o isolamento social através dos números de catracas de ônibus, notas fiscais emitidas no comércio e o monitoramento do trânsito, que está mais vazio. Vamos sentir o reflexo desse feriadão nos próximos 15 dias. Mas essa queda de 2%, apesar de ainda ser pequena, dá esperança para bons resultados daqui algumas semanas.
Edson Aparecido
Em relação à vacinação, o secretário informou que esta semana policiais militares, civis e guardas municipais vão receber o imunizante. Na próxima semana, professores da rede pública e privada serão priorizados.
"Essa semana vamos vacinar pessoas das forças de segurança, entre militares, civis e guardas municipais. Todas as pessoas desses grupos serão vacinadas, é uma estimativa de que 6 [mil] a 7 mil pessoas recebam a vacina. Na próxima semana vamos vacinar professores da rede publica e privada, pois sabemos da importância do retorno às aulas", completou.
Vacinação de professores
O secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse à TV Globo hoje que a estimativa é que cerca de 350 mil profissionais da educação recebam a vacina contra a covid-19. Esse número equivale a 40% do total de servidores de educação do estado de todas as redes (privada, municipal e estadual).
Soares informou que os profissionais da educação terão que comprovar dois meses de trabalho para serem vacinados. O grupo começa a receber o imunizante no dia 12 de abril.
O secretário também falou sobre a estimativa do retorno às aulas no estado.
"A última semana foi complexa. Alguns municípios tiveram feriados, outros não. A gente obedeceu aquilo que os municípios determinaram. A orientação do estado é que continua liberado para até 35% da capacidade de alunos nas escolas, mas a gente tem trabalhado para atender presencialmente aqueles que precisam de alimentação escolar e que não tem internet em casa, por exemplo. Para as próximas semanas vamos discutir com a Secretaria de Saúde para acharmos qual é o melhor ponto e o que precisamos fazer ainda para contribuir com esse momento", disse.
Segundo Soares, a expectativa é que haja uma definição ainda nesta semana.
"Nós esperamos ter um retorno para essa situação entre quarta ou quinta-feira, pois a fase emergencial vai até domingo. Então a gente tem essa semana uma decisão importante, que está sendo discutida, e também será discutido sobre a prorrogação ou não", afirmou.
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