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SP: Dados apontam para necessidade de manter fase vermelha, diz Gabbardo

João Gabbardo: "Tendência é que nós não tenhamos muitas condições para flexibilização" - Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
João Gabbardo: 'Tendência é que nós não tenhamos muitas condições para flexibilização' Imagem: Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

05/04/2021 09h23Atualizada em 05/04/2021 13h07

O coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, João Gabbardo, disse hoje que a tendência é de que não haja flexibilização das medidas de restrição impostas para combater a pandemia da covid-19 no estado.

Em entrevista ao "Bom Dia São Paulo", da TV Globo, Gabbardo falou sobre a redução no número de internados por complicações da doença causada pelo novo coronavírus, assim como o número de casos, mas destacou que o estado ainda passa pela pior fase da pandemia, com número de óbitos elevado.

O estado está atualmente na fase emergencial do Plano São Paulo. Nela, todos os serviços não essenciais ficam fechados e há uma espécie de toque de recolher a partir das 20h. Questionado sobre uma flexibilização, Gabbardo afirmou que a decisão será tomada pelo comitê de especialistas, mas ressaltou que os números não são otimistas a ponto de mudanças significativas.

"Isso vai ser decidido durante esta semana pelo comitê, mas a tendência é que nós não tenhamos muitas condições para flexibilização. Os números não são números que nos deem algum otimismo em relação à possibilidade de flexibilizar ou sair da fase vermelha (...) Infelizmente, dados apontam para necessidade de manutenção da fase vermelha", disse ele.

Na fase vermelha do Plano São Paulo, apenas serviços essenciais —como mercados e farmácias - ficam abertos, mas com capacidade reduzida.

Gabbardo disse que a administração estadual tomou "todas as medidas possíveis para evitar o caos", citando a abertura de novos leitos. Segundo ele, hoje a taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 91%. "Antes de baixar para 80% é muito difícil que nós tenhamos condições de fazer alguma flexibilização, hoje estamos com 91% de ocupação dos leitos de UTI. Temos desafio muito grande que é reduzir pelo menos mais 10 pontos, ter 80% de ocupação, que seria razoável para pensar em alguma flexibilização."

O médico disse ainda crer que São Paulo está "no platô superior" da pandemia. "Acredito que daqui pra frente a tendência seja de melhorar, essa é minha expectativa."