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Coordenadora da ONU no Brasil se emociona ao lembrar colega vítima da covid

Marlova Noleto, coordenadora do Sistema ONU no Brasil, se emociona ao lembrar de colega Luciana Mendes Amorim - Reprodução/GloboNews
Marlova Noleto, coordenadora do Sistema ONU no Brasil, se emociona ao lembrar de colega Luciana Mendes Amorim Imagem: Reprodução/GloboNews

Colaboração para o UOL

07/04/2021 12h16

Marlova Noleto, coordenadora do Sistema ONU (Organização das Nações Unidas) no Brasil, se emocionou hoje em entrevista concedida ao canal GloboNews ao comentar sobre a colega Luciana Mendes Amorim, que morreu em decorrência de complicações causadas pela covid-19. Marlova Noleto fez um apelo para que haja uma coordenação nacional na luta contra a pandemia no país.

"Eu ainda estou muito abalada, profundamente entristecida. Nessa semana perdemos um membro valioso da família ONU.", disse ela em entrevista nessa manhã. "Ela foi incansável nas áreas prioritárias para o Brasil, em especial as crianças, adolescentes e a juventude. A Luciana deixa um enorme legado pelo seu compromisso, dedicação e profissionalismo", completou.

Luciana Mendes Amorim fazia parte da equipe de projetos da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e, de acordo com Marvola Noleto, era uma das responsáveis pelo Criança Esperança, programa criado pela Organização em parceria com a TV Globo.

"O número de homenagens que a Luciana esta recebendo nos comove e faz justiça a sua impecável trajetória profissional. E eu aproveito pra me solidarizar com as milhares de famílias brasileiras que também perderam entes queridos nessa pandemia.", disse a coordenadora.

Apelo por uma coordenação nacional

Noleto afirmou que a ONU acompanha "com muita preocupação" o avanço da pandemia no Brasil e que o país "não pode permitir" que essa "tragédia" siga ocorrendo. Ela disse ainda que a ONU "faz um apelo" para que o país aumente as medidas restritivas e tenha uma estratégia nacional de combate à pandemia.

"O país precisa de uma estratégia coordenada que permita sim intensificar as medidas preventivas", afirmou ela. "O momento é de unir esforços e trabalharmos todos juntos para que o vírus possa parar de circular tanto."

A coordenadora diz disse também que a ONU trabalha em conjunto com o país para tentar antecipar a chegada das vacinas contratadas, mas advertiu que as vacinas não são as únicas medidas essenciais.

"Temos duas medidas essenciais, a primeira delas e mais urgente é evitar que a cadeia de transmissão continue se dando livremente. A solução pra isso são as medidas restritivas de prevenção, é ficar em casa", disse. "Quanto maior a circulação maior o risco de novas variantes, das novas cepas, e da dificuldade que nos temos de controlar o vírus. Nós estamos deixando esse vírus circular livremente, e quanto mais livremente ele circula piores e mais devastadoras são as consequências", finalizou.