Brasil tem média de 3.025 mortes por covid, 2º pior indicador da pandemia
O Brasil teve 3.025 novas mortes por covid-19, na média diária da última semana. É a segunda maior média já registrada na pandemia no país. A maior ocorreu em 1º de abril — 3.119 mortes diárias, na média semanal. Em 2 de abril, o Brasil registrou média de 3.006 mortes diárias. Nos sete dias seguintes, os números ficaram abaixo de 3 mil, voltando a superar a marca neste sábado.
Os dados são do consórcio de imprensa de que o UOL faz parte, que apura os números com as secretarias estaduais de Saúde. A média semanal ajuda a corrigir distorções pontuais, como as quedas que costumam ser registradas aos fins de semana.
Nas últimas 24 horas, foram 2.535 mortes. Há 80 dias seguidos, o Brasil tem mais de mil mortes por dia. Hoje, nenhum outro país do mundo passa de mil mortes diárias.
Com isso, o Brasil ultrapassou 350 mil vítimas neste sábado. A marca foi atingida apenas 17 dias depois do Brasil chegar a 300 mil vítimas da pandemia. No total, são 351.469 mortes.
Até agora, 13,4 milhões de pessoas pegaram a doença no Brasil, ainda segundo o consórcio de imprensa.
Já os números da vacinação levantados pelo consórcio apontam que cerca de 23,1 milhões de pessoas receberam a primeira dose (23.077.025). Já o número de vacinados com a segunda dose se aproxima de 7 milhões (6.978.834).
O Brasil em números
Na primeira onda:
- Maior número de mortes em 24h: 1.554 (19/7)
- Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
- Maior período com média acima de mil: 31 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)
Na segunda onda:
- Maior número de mortes em 24h: 4.211 (6/4)
- Maior média móvel de óbitos: 3.119 (1/4)
- Maior período com média acima de mil: 80 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 19.603 (de 28/3 a 3/4)
A pandemia nos Estados
A pandemia no Brasil está em momento de aceleração. O número de mortes de hoje, na média semanal, é 16% maior do que foi registrado 14 dias antes.
O Sudeste tem a pior situação do país, com uma aceleração de 33% na média diária de mortes. O Rio de Janeiro vive o cenário mais preocupante do país, com aceleração de 71%.
O Centro-Oeste também tem quadro de aceleração, de 20%. As demais regiões do país apresentam cenários de estabilidade.
Apenas quatro estados apresentam queda: Rio Grande do Sul (-27%); Tocantins (-24%); Santa Catarina (-18%); e Rondônia (-15%).
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (41%)
- Minas Gerais: aceleração (24%)
- Rio de Janeiro: aceleração (71%)
- São Paulo: aceleração (28%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (4%)
- Amazonas: estabilidade (14%)
- Amapá: aceleração (37%)
- Pará: estabilidade (-1%)
- Rondônia: queda (-15%)
- Roraima: estabilidade (5%)
- Tocantins: queda (-24%)
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (6%)
- Bahia: estabilidade (-9%)
- Ceará: aceleração (50%)
- Maranhão: aceleração (24%)
- Paraíba: estabilidade (-6%)
- Pernambuco: estabilidade (14%)
- Piauí: estabilidade (12%)
- Rio Grande do Norte: queda (-16%)
- Sergipe: estabilidade (10%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (26%)
- Goiás: aceleração (21%)
- Mato Grosso: estabilidade (8%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (34%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (34%)
- Rio Grande do Sul: queda (-27%)
- Santa Catarina: queda (-18%)
Dados do Ministério da Saúde
Segundo boletim do Ministério da Saúde deste sábado, ocorreram 2.616 novas mortes por covid-19 no Brasil de ontem para o hoje. O total de mortos, nas contas da pasta, chegou a 351.334.
O número de casos confirmados de covid-19 é de 13,4 milhões. Já o número de recuperados é de 11,8 milhões.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua exatidão.
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