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SP inaugura hospital de campanha na capital com atraso e menos leitos

Quando anunciou a unidade, o governo previa 180 leitos; agora, hospital está sendo inaugurado com 30 vagas - Governo de SP
Quando anunciou a unidade, o governo previa 180 leitos; agora, hospital está sendo inaugurado com 30 vagas Imagem: Governo de SP

Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em São Paulo

13/04/2021 16h16Atualizada em 13/04/2021 16h29

O governo de São Paulo inaugurou hoje um hospital de campanha na capital paulista com menos leitos do que o prometido e com 11 dias de atraso, por falta de equipamentos de oxigênio. Nomeado Hospital Metropolitano da Santa Cecília, a unidade no centro da cidade deveria ter sido entregue no fim de março, e com previsão de pelo menos 120 leitos a mais.

Quando anunciou a unidade, o governo estadual falou em 180 leitos, sendo 130 de enfermaria e 50 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Agora, ela está sendo inaugurada com 30 vagas (10 em UTI) e a nova previsão é de 60 (20 em UTI) até o fim de abril.

O primeiro paciente foi encaminhado no último domingo (11). Na abertura oficial, na tarde de hoje, o governo afirmou que os leitos deverão ser instalados "gradualmente", mas não deu data e condicionou o crescimento à demanda.

"À medida que surgirem solicitações e demanda nós vamos incluindo [leitos] e conseguindo a segunda fase [de implementação] logo no início do mês que vem. Se tiver necessidade maior de ampliar esses leitos, assim será feito", afirmou o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, à imprensa.

Hospital 'em etapas'

Originalmente, a unidade deveria ter sido inaugurada no dia 31 de março, mas acabou atrasando por falta de equipamentos de oxigênio dada alta procura nacional.

"Todo o material está sendo adquirido e é isso que vai nos dar a segurança de abrir cada vez mais o número de leitos nesse hospital", afirmou Gorinchteyn.

"Estamos fazendo como todo hospital —sobretudo um nessa dimensão— em etapas, para garantir que todo paciente que vier aqui tenha o atendimento correto", afirmou o governador João Doria (PSDB), durante a coletiva.

Segundo o governo, o prédio em frente à estação Marechal Deodoro do metrô pertencia à iniciativa privada e foi cedido ao estado sem custo. O custeio mensal será de R$ 12 milhões, com operação de cerca de 900 funcionários.

Este é o 12º hospital de campanha em operação pelo governo paulista. Neste ano, para enfrentar um forte aumento de casos de covid-19, foram inaugurados outros 11 hospitais pelo estado, mas, com exceção do Hospital São José, na zona norte da capital, todos os outros funcionam como expansão de leitos dentro de unidades de saúde pré-existentes, como AMEs (Assistência Médica Especializada).

"Abdicamos da implantação das tendas e optamos por estruturas físicas. Elas oferecem melhores condições de trabalho, de operacionalidade e para os pacientes", disse Doria sobre a opção de deixar o principal modelo de hospitais de campanha do ano passado de lado.