Estudo: Covid faz expectativa de vida cair um ano no estado de SP em 2020
A expectativa de vida ao nascer no estado de São Paulo diminuiu um ano em 2020 e agora é estimada em 75,4 anos, aponta um estudo divulgado hoje pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
A retração em relação a 2019 (76,4 anos), segundo informativo da Seade, é reflexo do "rápido aumento dos níveis de mortalidade devido à expansão da pandemia da covid-19". Assim, o índice retrocede ao nível observado há sete anos, entre os anos de 2012 e 2013.
"Tem havido um aumento de dois meses mais ou menos a cada ano, isso até 2019. Em 2020, com esse aumento muito forte dos óbitos devido à pandemia, isso representou uma queda de cerca de um ano, voltando a níveis de sete anos atrás", disse o demógrafo Carlos Eugênio Ferreira, da Fundação Seade, em entrevista à TV Globo.
O estudo mostra ainda aumento nas taxas de mortalidade em todas as faixas etárias a partir dos 15 anos. Em número de óbitos por mil habitantes, foram observados os seguintes acréscimos:
- 30 a 59 anos: de 3,4 para 3,9 óbitos por mil
- 60 a 69 anos: de 15,0 para 17,2 por mil
- 70 e 79 anos: de 33,2 para 38,0 por mil
Já a população idosa sofreu redução de 0,8 ano na esperança de vida aos 60 anos, passando de 21,6 para 20,8 anos.
"O cálculo (da expectativa de vida) é feito a partir da mortalidade que aconteceu, mas ela se revela mais forte entre as pessoas idosas, acima de 60 anos. O choque dessa mortalidade foi muito superior a de 2019 isso representou a perda de um ano na vida em média da população paulista", disse Carlos Eugênio Ferreira
Na última semana, um estudo liderado pela pesquisadora brasileira Márcia Castro, da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, apontou que no Brasil a perda de expectativa de vida foi em média de 1,94 ano. Em alguns estados essa piora passa de 3 anos.
A pandemia também teve impacto na expectativa de vida em outros países. Nos Estados Unidos, a expectativa de vida ao nascer era de 77,8 anos no primeiro semestre de 2020, um ano a menos do que em 2019, quando era de 78,8, de acordo com o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).
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