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Saúde diz que vacinas da Pfizer ficam nas capitais por armazenamento ideal

21.abr.21 - Em entrevista coletiva, Ministério da Saúde diz que vacinas da Pfizer serão distribuídas para capitais por armazenamento - Reprodução/YouTube
21.abr.21 - Em entrevista coletiva, Ministério da Saúde diz que vacinas da Pfizer serão distribuídas para capitais por armazenamento Imagem: Reprodução/YouTube

Do UOL, em São Paulo

21/04/2021 19h42Atualizada em 21/04/2021 21h39

O Ministério da Saúde afirmou hoje que as 100 milhões de doses da Pfizer serão distribuídas apenas nas capitais brasileiras, que têm capacidade para armazenar os imunizantes na temperatura ideal. Em entrevista coletiva, o ministro Marcelo Queiroga também anunciou um atraso de quatro meses para o fim da vacinação dos grupos prioritários do PNI (Plano Nacional de Imunização).

Ao anunciar que a vacina da Pfizer iria para as capitais, a coordenadora do PNI, Francieli Fantinato, ressaltou que a pasta precisa "trabalhar com a realidade do país".

"Inicialmente, vamos receber o material no nosso departamento de logística em São Paulo e distribuir para as centrais estaduais, que podem armazenar [a vacina] a -20ºC por 14 dias. Esse quantitativo vai seguir para a central municipal, que também está nas capitais estaduais e, a partir do momento que armazenamos as doses em salas de vacinação, é na temperatura de 2ºC a 8ºC por cinco dias", explicou.

Ainda segundo Francieli, o Ministério está elencando pontos de vacinação e capacitando equipes para dar vazão ao quantitativo de vacinas sem prejuízo ao produto.

Atraso na vacinação de grupos prioritários

O ministro Marcelo Queiroga também anunciou hoje que atrasará em quatro meses o cronograma para concluir a vacinação dos grupos prioritários do PNI (Plano Nacional de Imunização). No final do ano passado, sob o comando do general Eduardo Pazuello, o Ministério da Saúde calculava que as primeiras fases de vacinação seriam concluídas em maio —agora, a previsão mudou para setembro.

"Se continuarmos nesse ritmo, até setembro vamos atingir a imunização da população do PNI, mas nosso objetivo é que isso ocorra antes até porque nossos esforços devem resultar em novas doses", declarou o ministro Queiroga em entrevista coletiva. "Fizemos o contrato com a Pfizer para 100 milhões de doses e estamos em tratativas avançadas para firmar um novo contrato para 100 milhões de doses com vistas para o ano de 2022", acrescentou.

Sobre o atraso de quatro meses no cronograma inicial, Queiroga afirmou que "a carência de insumos não é uma questão do Brasil". "Primeiro, a Covax Facility, iniciativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) e referida como padrão de excelência, o que ocorre? Covax Facility não nos entrega o que foi acordado. Há uma carência dos insumos que vem de outros países, não é uma questão do Brasil. É uma questão mundial".

"Não ter atingido a meta se deve a esses aspectos, aspectos regulatórios. O Ministério não vai colocar vacinas não aprovadas pela Anvisa, o presidente [Bolsonaro] já deixou bem claro", acrescentou Queiroga.

Em sua fala, o ministro Queiroga também ressaltou que o Ministério trabalha com outras opções, como as vacinas Covaxin e a Sputnik, que ainda não têm autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso emergencial ou definitivo no Brasil. "Esperamos que a Anvisa conclua o processo de avaliação para que tenhamos as vacinas".

De acordo com ele, se aprovadas, o Brasil já teria 20 milhões de doses da Covaxin e outras 47 milhões de doses da Sputnik —considerando 10 milhões do Ministério da Saúde e outras 37 milhões de acordos firmados por governadores do Norte e Nordeste.