Chefes de Sputnik prometem a governadores responder Anvisa, diz Renan Filho
O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), afirmou hoje, após participar de reunião com integrantes do fundo soberano russo e do laboratório responsável pela produção da Sputnik V que os questionamentos sobre a vacina feitos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) serão respondidos e que não haverá a desistência dos estados na aquisição do imunizante.
"Eles informaram que vão enveredar os esforços para dirimir todas as dúvidas. Segundo as informações a nós passadas, eles não têm nenhuma dificuldade do ponto de vista tencico e científico de comprovar a eficácia da vacina", disse ele, em coletiva.
O encontro nesta manhã reuniu os nove governadores de Nordeste, um dia após a Anvisa negar pedido de importação e uso da vacina de origem russa. Os estados, por meio do Consórcio Nordeste, já fizeram contrato para compra do imunizante.
A decisão da Anvisa dificulta a execução do contrato fechado pelos nove estados da região para aquisição de 37 milhões de doses.
Além de prometer apresentar argumentos às autoridades, Renan Filho disse que os responsáveis pela vacina ficaram de distribuir informativo à imprensa sobre a eficácia do imunizante já usado em outras localidades. "Ela já foi aprovada e está em uso em mais de 60 países", completa.
Renan Filho ainda fez críticas ao posicionamento da Anvisa de negar a Sputnik.
Acho que a Anvisa, em vez de vetar, como vetou, deveria fazer uma ampla discussão, verificar porque mais de 60 países usam, e a gente não. Deviam fazer um trabalho emergencial, não um trabalho que exclua o Brasil de usar uma vacinas que já é usadas em 60 países do mundo, inclusive com mais eficácia do que as que estamos usando aqui.
Renan Filho (MDB), governador de Alagoas
Também hoje, o governador afirmou que mantém o plano de comprar a vacina russa para o estado de Alagoas. "Eu já divulguei uma posição dizendo que o estado seguirá enveredando esforços para vacina para nosso povo", diz.
Ao jornal Valor Econômico, o governador já havia dito que houve um atraso deliberado, ou seja, intencional, na compra de imunizantes, por parte do governo federal. Ele também reclamou da falta de um calendário adequado de vacinação.
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