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Brasil ultrapassa 400 mil mortes por covid com 3.074 óbitos em 24 h

Brasil chegou a 401.417 mortes em decorrência da covid-19 - VINCENT BOSSON/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Brasil chegou a 401.417 mortes em decorrência da covid-19 Imagem: VINCENT BOSSON/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ana Caratchuk, Andréia Martins, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

29/04/2021 12h58Atualizada em 29/04/2021 20h41

Desde que a pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil, mais de 400 mil brasileiros e brasileiras já perderam a vida por conta da infecção. O marco foi alcançado 19 dias depois de o país contar 350 mil vítimas da pandemia e pouco mais de 13 meses após o primeiro óbito confirmado.

Desde as 20h de ontem foram registradas mais 3.074 vidas perdidas, totalizando 401.417 mortes em decorrência do novo coronavírus. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

Nos últimos sete dias, morreram, em média, 2.523 pessoas por dia por complicações da infecção pelo coronavírus no Brasil. Este é o 99º dia consecutivo com média móvel acima de mil. Há 44 dias, desde 17 de março, o índice se mantém acima de 2 mil.

O número de novos casos diagnosticados hoje foi de 69.079. Com isso, o total de diagnósticos de coronavírus feitos no país desde o início da pandemia ultrapassou as marca de 14,5 milhões, atingindo hoje 14.592.886.

Já de acordo com as contas do governo federal, foram reportadas 3.001 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 401.186 óbitos no país.

Houve 69.389 diagnósticos positivos registrados entre ontem e hoje, pelos dados do ministério da Saúde, o que eleva o total de infectados para 14.590.678. Desse total, 13.152.118 pessoas se recuperaram da covid-19 até o momento, com outras 10.037.374 em acompanhamento.

Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

Brasil é o segundo país com mais mortes

De acordo com os levantamentos da Universidade Johns Hopkins e da Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa o segundo lugar no número de óbitos em decorrência da doença, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 500 mil mortes.

O número de mais de 400 mil mortos é registrado no momento em que o Senado está iniciando os trabalhos da CPI da Covid, que vai avaliar as ações do governo federal no enfrentamento à pandemia, bem como a aplicação dos recursos federais repassados a Estados e municípios para combater a pandemia.

Ao mesmo tempo, o país só tem 14,74% da população vacinada, com 31,2 milhões de pessoas tendo recebido ao menos uma dose dos imunizantes contra a covid-19.

Evolução da pandemia no Brasil

A primeira morte por covid-19 no Brasil foi registrada em 17 de março do ano passado. Passaram-se 95 dias até chegarmos a 50 mil mortes.

A marca de 100 mil foi batida 49 dias depois, em 8 de agosto de 2020. Depois de mais 63 dias, chegamos a 150 mil vítimas. Os 200 mil mortos foram contados 89 dias depois, em 7 de janeiro deste ano. Passados mais 48 dias, o país atingiu 250 mil vítimas.

O número de 300 mil vítimas veio após 28 dias, no dia 24 de março. Após 17 dias, no dia 10 de abril, o Brasil passou de 350 mil mortos por covid-19. Agora, o país ultrapassa 400 mil mortos depois de 19 dias.

O pico de mortes por covid-19 em um único dia no Brasil é 4.249, registrado em 8 de abril.

A pandemia nos estados

Em quatro regiões brasileiras, a média móvel de mortes é considerada estável: Nordeste (-7%), Norte (-9%), Sudeste (-13%) e Sul (-11%). Na região Centro-Oeste, a média apresenta tendência de queda, com -20%. No geral, o Brasil apresenta um índice considerado estável, com -12%, na variação de 14 dias.

São 16 estados com estabilidade nos registros, enquanto outros nove e o DF estão em queda. Apenas um estado, o Pernambuco, apresenta tendência de aceleração nas mortes por covid-19.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estabilidade (-11%)
  • Minas Gerais: estabilidade (-12%)
  • Rio de Janeiro: estabilidade (-4%)
  • São Paulo: estabilidade (-15%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (10%)
  • Amazonas: estabilidade (12%)
  • Amapá: queda (-48%)
  • Pará: estabilidade (3%)
  • Rondônia: queda (-27%)
  • Roraima: queda (-31%)
  • Tocantins: queda (-28%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (-12%)
  • Bahia: estabilidade (-11%)
  • Ceará: estabilidade (-7%)
  • Maranhão: queda (-36%)
  • Paraíba: queda (-26%)
  • Pernambuco: aceleração (30%)
  • Piauí: queda (-20%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (7%)
  • Sergipe: estabilidade (1%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-29%)
  • Goiás: estabilidade (-15%)
  • Mato Grosso: queda (-31%)
  • Mato Grosso do Sul: estabilidade (-5%)

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (-8%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-16%)
  • Santa Catarina: estabilidade (-10%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.