Chefe do Centro de Contingência de SP: 'ButanVac deve ter maior eficácia'
A ButanVac deve ter uma maior eficácia comparada às demais vacinas usadas hoje contra a covid-19. A previsão foi feita pelo médico Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência ao Coronavírus do estado de São Paulo.
"A vantagem da ButanVac é que a resposta imune talvez seja um pouco mais intensa do que as [vacinas] com o vírus inativado", disse Menezes durante entrevista ao vivo ao jornal Valor Econômico hoje. A CoronaVac, por exemplo, é feita com o vírus inativado. Ela também é produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com a chinesa Sinovac.
O médico ainda afirmou que os imunizantes mais recentes podem trazer respostas melhores às novas variantes. "A segunda [[vantagem] é de que é possível com mais rapidez trabalhar com a atualização das vacinas para novas variantes que eventualmente não respondam mais às vacinas que estão sendo utilizadas", completou.
O Instituto Butantan iniciou ontem a produção das primeiras doses da ButanVac. A vacina deve ter produção 100% nacional, sem a necessidade da importação de matéria-prima. O instituto, porém, ainda precisa de um aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar os testes clínicos do imunizante em humanos.
O presidente do Instituto, Dimas Covas, reforçou, em coletiva de imprensa realizada ontem, que 18 milhões de doses estarão prontas para o uso, mediante autorização da Anvisa, na primeira quinzena de junho.
Para fabricar a ButanVac, o Instituto, assim como a vacina da gripe, utilizará a técnica de obtenção do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) a partir do cultivo de cepas do vírus em ovos de galinha. A instituição tem hoje um primeiro lote com 520 mil ovos que receberão o vírus, rendendo depois duas doses da vacina cada um.
Menezes afirmou ainda que, após toda a população ser vacinada contra covid-19, a tendência é de que as pessoas recebam vacinas atualizadas com as novas variantes periodicamente.
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