Variante indiana: Isolado em hotel no Rio, infectado atua em petrolífera
O brasileiro de 32 anos que testou positivo para a nova variante de covid-19, a B.1.617.2, da Índia, está isolado em um hotel do município do Rio de Janeiro e não apresenta sintomas.
O homem, cuja identidade foi preservada, trabalha no ramo petrolífero e estava embarcado em plataforma oceânica na Ásia até a última semana, quando desembarcou na Índia. Lá, fez um teste tipo RT-PCR, que deu negativo, e voou para o Brasil.
Ao aterrissar no aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, no último sábado (22), fez novamente um teste. Antes do resultado, porém, voou para o Rio de Janeiro, pernoitou em um hotel na capital e foi de carro até Campos dos Goytacazes, cidade do norte fluminense.
Em Campos, ele também foi direto para um hotel por recomendação da empresa em que trabalha. Com a confirmação do teste positivo, ele voltou para a capital e está isolado em um hotel desde então.
Na manhã de hoje, o Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, terminou o sequenciamento que confirma a infecção pela cepa indiana, apontada como potencialmente mais transmissível.
O médico infectologista Charbell Kury, subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde de Campos dos Goytacazes, informou que o homem infectado está sem sintomas —isolado, ele está sendo monitorado.
"Pela evolução, acreditamos que ele vai melhorar espontaneamente, sem necessidade de internação", disse Kury.
Dois funcionários monitorados e desinfecção em hotel
O município de Campos dos Goytacazes também realizou teste no homem já infectado e aguarda o resultado. Outros dois funcionários da petrolífera fizeram o mesmo caminho, mas os testes aos quais foram submetidos em Guarulhos deram negativos.
Mesmo assim, ambos estão em isolamento domiciliar até o resultado do segundo teste RT-PCR.
O hotel de Campos dos Goytacazes em que o infectado com a cepa indiana pernoitou passará por completa desinfecção, de acordo com Kury, e haverá testagem em massa em todos os funcionários.
"Temos uma equipe de resposta rápida para lidar com esses casos e eventuais casos de surto, para evitar propagação."
O UOL procurou a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro para saber quais providências sanitárias foram tomadas, já que o homem dormiu em dois municípios do estado, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.
Para Kury, é preciso lembrar que as políticas de prevenção, testagem e vacinação são as mesmas e devem ser reforçadas independentemente das cepas em circulação no país, ainda que haja algumas mais transmissíveis ou letais.
"O alerta é que nós precisamos estar atentos à necessidade de vacinação e de fortalecer a vigilância de portos e aeroportos."
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