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Fiocruz entrega 21 milhões de doses em maio, mas reduz meta de junho em 45%

Frascos rotulados como de vacina da AstraZeneca contra covid-19 - Dado Ruvic/Reuters
Frascos rotulados como de vacina da AstraZeneca contra covid-19 Imagem: Dado Ruvic/Reuters

Lola Ferreira

Do UOL, no Rio

28/05/2021 18h28

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) entrega entre hoje e segunda-feira (31) 6,5 milhões de doses da vacina Astrazeneca/Oxford produzida na BioManguinhos. Com o montante, a fundação cumpre a meta de entregar ao Ministério da Saúde 21 milhões de doses em maio.

Mas a meta do próximo mês foi alterada. Junho iria marcar um "salto" na produção, com 34 milhões de doses entregues ao PNI (Plano Nacional de Imunização). Agora, a previsão é de entregar apenas 18,5 milhões de doses —redução de 45% em relação à previsão inicial, que pode impactar o calendário de vacinação de todo o país.

A queda na previsão de entregas de junho está relacionada à interrupção da produção neste mês.

A Fiocruz paralisou a sua produção em 19 de maio, por falta de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), importado da China. Na ocasião, a fundação já havia sinalizado que o volume a ser entregue após a retomada da produção seria afetado. A Biomanguinhos voltou a produzir as doses nesta semana, em 25 de maio.

De acordo com comunicado oficial, há mais 6,5 milhões de doses nas etapas de controle de qualidade e outras 12 milhões sendo produzidas a partir do mais recente carregamento de IFA recebido em 22 de maio. A fundação não esclarece se, havendo chegada de mais IFA, poderá produzir mais doses.

Produção nacional de IFA

Paralelamente à derrubada da meta de doses de vacina a ser entregue, a Fiocruz corre contra o tempo para fabricar também o IFA em território nacional e não depender mais da importação.

Sem maiores detalhes, a fundação informou que está prevista para terça-feira (1º) a assinatura do contrato de transferência de tecnologia com a Astrazeneca/Oxford —etapa fundamental para que o insumo seja produzido aqui. A data prevista para início da produção era 15 de maio.

À época, a Fiocruz explicou que o início da produção nacional do IFA é um processo complexo, dividido em várias etapas que já tiveram início. E que, apesar de a produção não começar na data prevista, essas etapas continuavam em andamento.