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Veja a situação da covid-19 nos estados nesta sexta-feira (28)

Cemitério em Manaus (AM) em meio à pandemia de coronavírus - Bruno Kelly/Reuters
Cemitério em Manaus (AM) em meio à pandemia de coronavírus Imagem: Bruno Kelly/Reuters

Carolina Marins e Douglas Porto

Do UOL, em São Paulo

28/05/2021 20h14Atualizada em 28/05/2021 20h30

O Brasil registrou hoje 2.418 novas mortes de covid-19, chegando a um total de 459.171 óbitos pela doença desde o início da pandemia. Com isso, o país mantém a tendência de estabilidade na média móvel que acumula há dez dias. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

Ontem o Brasil registrou a média móvel mais baixa em 76 dias, com menos de 1.800 óbitos em sete dias. Porém, hoje o país já voltou a ter média diária acima de 1.800. Foram 1.806 óbitos em média nos últimos sete dias, com uma variação de -5%, o que indica o décimo dia seguido de estabilidade.

Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

Sete estados e o Distrito Federal registraram queda, enquanto outros 14 estados apresentaram estabilidade. Cinco registraram alta: Roraima (32%), Tocantins (20%), Maranhão (20%), Paraíba (28%) e Mato Grosso do Sul (48%).

Das regiões, apenas o Norte apresentou queda (-26%). As demais tiveram estabilidade: Centro-Oeste (-7%), Nordeste (0%), Sudeste (-6%) e Sul (-3%).

Devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.

A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-22%)

  • Minas Gerais: estável (-4%)

  • Rio de Janeiro: queda (-29%)

  • São Paulo: estável (6%)

Região Norte

  • Acre: estável (-15%)

  • Amazonas: queda (-46%)

  • Amapá: estável (-9%)

  • Pará: queda (-35%)

  • Rondônia: queda (-24%)

  • Roraima: alta (32%)

  • Tocantins: alta (20%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (11%)

  • Bahia: estável (4%)

  • Ceará: estável (-2%)

  • Maranhão: alta (28%)

  • Paraíba: alta (20%)

  • Pernambuco: estável (-4%)

  • Piauí: estável (-8%)

  • Rio Grande do Norte: queda (-26%)

  • Sergipe: estável (-13%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-25%)

  • Goiás: estável (-15%)

  • Mato Grosso: queda (-18%)

  • Mato Grosso do Sul: alta (48%)

Região Sul

  • Paraná: estável (-4%)

  • Rio Grande do Sul: estável (-7%)

  • Santa Catarina: estável (8%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.