Covid: Com 2.130 mortes em 24h, Brasil tem menor média de óbitos em 76 dias
O Brasil registrou hoje 2.130 novas mortes por covid-19 e pela primeira vez em 76 dias teve uma média móvel diária de mortes abaixo de 1.800. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Ao todo, o país já acumula 456.753 óbitos pela doença desde o início da pandemia. Desde as 20h de ontem foram contabilizados 65.672 novos casos de infecções pelo coronavírus. Com isso, o total de diagnósticos é de 16.341.112.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
A média móvel de mortes ficou em 1.766 nos últimos sete dias, com uma variação de -8%, o que indica o nono dia seguido de estabilidade. Esse é o menor índice desde 12 de março, quando o país registrou média de 1.761.
Devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Seis estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.508) representa mais do que a metade do total de mortes no país.
Um dos seis estados foi o Rio de Janeiro, que ultrapassou as 50 mil mortes desde o começo da pandemia com o registro de 226 óbitos nas últimas 24 horas. Apenas São Paulo, com 109.850, tem mais mortos do que o Rio de Janeiro.
- São Paulo - 609
- Minas Gerais - 244
- Rio de Janeiro - 226
- Paraná - 187
- Bahia - 130
- Rio Grande do Sul - 112
Por outro lado, Acre e Roraima não registraram nenhuma morte.
Com isso, 11 estados e o Distrito Federal registraram queda, enquanto outros 11 estados apresentaram estabilidade. Quatro registraram alta: Amapá (19%) Maranhão (19%), Paraíba (21%) e Mato Grosso do Sul (37%).
Três regiões apresentaram tendência de estabilidade: Nordeste (-3%), Sudeste (-9%) e Sul (2%). Já Centro-Oeste (-16%) e Norte (-25%) registraram queda.
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (27) que o Brasil registrou 2.245 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 456.674 óbitos provocados pela doença em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 67.467 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados subiu para 16.342.162 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 14.786.292 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.099.196 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-20%)
- Minas Gerais: estável (1%)
- Rio de Janeiro: queda (-29%)
- São Paulo: estável (-3%)
Região Norte
- Acre: queda (-39%)
- Amazonas: queda (-48%)
- Amapá: alta (19%)
- Pará: queda (-28%)
- Rondônia: queda (-19%)
- Roraima: queda (-28%)
- Tocantins: estável (5%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (9%)
- Bahia: estável (-3%)
- Ceará: estável (-5%)
- Maranhão: alta (19%)
- Paraíba: alta (21%)
- Pernambuco: estável (-1%)
- Piauí: queda (-19%)
- Rio Grande do Norte: queda (-24%)
- Sergipe: estável (-14%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-33%)
- Goiás: queda (-25%)
- Mato Grosso: queda (-24%)
- Mato Grosso do Sul: alta (37%)
Região Sul
- Paraná: estável (7%)
- Rio Grande do Sul: estável (-6%)
- Santa Catarina: estável (10%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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