Doria promete vacinar toda a população adulta de SP até 31 de outubro
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu hoje que toda a população adulta de São Paulo —maiores de 18 anos— vai receber ao menos uma dose de vacina contra covid-19 até o fim de outubro.
Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governo paulista divulgou o calendário completo de imunização. Mas esta é uma previsão, visto que o planejamento depende da distribuição de imunizantes disponíveis no PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde —e já houve atrasos.
Nossa previsão [para vacinação de todos os adultos] era de 31 de dezembro, mas agora estamos dizendo para 31 de outubro. Nós fechamos o planejamento do PEI [Programa Estadual de Imunização], a população com mais de 18 anos estará plenamente imunizada até essa data.
João Doria, governador de São Paulo (PSDB)
O objetivo é garantir a primeira dose para pouco mais da metade dos 35 milhões de paulistas vacináveis (acima de 18 anos). Até agora, de acordo com o PEI, 17 milhões já tomaram a primeira dose, e 6 milhões, a segunda.
Apesar ter um plano estadual, cada entidade da federação está sujeita ao PNI. Por isso, as datas divulgadas hoje pelo governo paulista são estimativas baseadas nas programações de entrega do governo federal.
"Nós estamos projetando baseado no que está no site do Ministério da Saúde. A cada momento, ele renova essa projeção. No mês de junho, tivemos até uma redução daquilo que tivemos de expectativa de vacinas", disse Regiane de Paula, coordenadora do PEI. "Temos certeza de que, se a entrega for feita, poderemos vacinar todos os brasileiros adultos de São Paulo até 31 de outubro."
Veja o planejamento por idade:
- 55 a 59 anos: 1º a 20 de julho
- 50 a 54 anos: 2 a 16 de agosto
- 45 a 49 anos: 17 a 31 de agosto
- 40 a 44 anos: 1º a 10 de setembro
- 35 a 39 anos: 11 a 20 de setembro
- 30 a 34 anos: 21 a 30 de setembro
- 25 a 29 anos: 1 a 10 de outubro
- 18 a 24 anos: 11 a 31 de outubro
- Profissionais da educação (18 a 44 anos): 21 a 31 de julho
Apesar do clima de otimismo do governo, não há previsão para a imunização total desses grupos com as duas doses. A CoronaVac tem sido aplicada com intervalo de 21 dias entre as doses, enquanto Pfizer e Oxford/AstraZeneca têm espaçamento de 12 semanas.
Até agora, só há previsão para a vacinação de maiores de idade, como tem sido ocorrido na maior parte dos países. "Nós, com o PNI, poderemos incluir uma faixa etária de 16 anos. Mas, no momento, todas as vacinas do território [nacional] estão preconizadas para pessoas acima de 18 anos. Se houver mudanças, as traremos oportunamente", afirmou a coordenadora do PEI.
Vacinação de professores antecipada
Começou hoje a imunização de pessoas com comorbidade e deficiência permanente que tenham entre 30 e 39 anos no estado. De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde, o grupo é formado por 1,2 milhão de pessoas.
A imunização de profissionais da educação básica de 45 e 46 anos será antecipada para a próxima quarta-feira (9). Os professores do ensino superior não estão incluídos.
A secretária Patrícia Ellen alega que o perfil dos professores dos dois níveis é diferente. De acordo com ela, o governo trabalha em um "protocolo de testagem rápida" para os trabalhadores de educação básica e da superior.
Pandemia no estado
Atualmente, o estado está na fase de transição do Plano São Paulo, com funcionamento das atividades econômicas até as 21h e permissão de 40% de ocupação nos estabelecimentos. Recentemente, o governo prorrogou a fase até 14 de junho.
Os números de mortes e internações continuam altos—o segundo tem apresentado um crescimento médio diário de 0,8%, o que deixa o Centro de Contingência em "estado de atenção", embora vejam a situação como "controlada".
São Paulo contabiliza 3.314.631 casos e, infelizmente, 112.927 pessoas perderam a vida para a covid. As taxas de ocupação nas nossas UTI no estado estão em 81,2%; na Grande São Paulo: 79,9%. No total de internados, temos, hoje, 10.925 pacientes. No comparativo entre as semanas epidemiológicas 21ª com a 20º, nós temos uma redução do número de casos em 22%, um acréscimo de internações em 7,4% e de óbitos em 3,6%.
Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde de São Paulo
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