Após veto a Luana Araújo, governo nomeia nova secretária para Saúde
A Casa Civil nomeou a médica Rosana Leite de Melo como secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde. A nomeação foi publicada hoje no Diário Oficial da União e assinada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos.
Rosana Leite de Melo é graduada em Medicina pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), tem residência em cirurgia geral e em oncologia.
Até agora, era a diretora do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, unidade de referência para o tratamento do novo coronavírus no estado. A médica substituirá Luana Araújo no cargo.
A médica é servidora pública desde 2003 e foi nomeada em 2014 como professora do curso de medicina na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e também atua como membro do conselho regional de medicina.
Como docente, Rosana leciona no setor de cirurgia de cabeça e pescoço. A nova nomeada para o Ministério da Saúde tem mestrado em Saúde e Desenvolvimento.
Em 2017, foi diretora da divisão de Desenvolvimento na Educação em Saúde, do Ministério da Educação, e Coordenadora-geral de Residências em Saúde.
A médica também atuou como Coordenadora-geral de Residências em Saúde e, meses antes do início da pandemia do coronavírus, assumiu a presidência do HRMS, em 6 novembro de 2019.
Reunião com Queiroga na última semana
Rosana esteve em Brasília na última semana para uma reunião com o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, de acordo com informações publicadas no site oficial do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.
O encontro também contou com a participação do secretário Sérgio Okane, responsável pela Atenção Especializada à Saúde e teve como objetivo discutir "assuntos pertinentes ao enfrentamento da covid-19 e suas repercussões".
Saída de Luana do Ministério da Saúde
Em depoimento na CPI da Covid, Luana afirmou que seu nome foi reprovado pela Casa Civil, pasta que integra a cúpula do Planalto.
Nos bastidores, a informação que circula é de que o veto se deu porque a médica tem opiniões e convicções que vão no sentido contrário às de Bolsonaro, sobretudo em relação a temas como o uso de cloroquina/hidroxicloroquina e a validade ou não de medidas restritivas.
Luana exerceu a função informalmente por dez dias. Segundo o ministro Marcelo Queiroga, do Ministério da Saúde, a decisão foi dele porque a médica não se encaixaria em um determinado "perfil" com que ele esperava contar.
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