Na contramão de Queiroga, SP não pretende autorizar a liberação de máscara
O governo de São Paulo avalia que ainda não é o momento ideal para se falar na suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras nem pensa em estabelecer uma data. Para o Centro de Contingência do Coronavírus, a flexibilização estabelecida no estado atualmente só é viável com a adoção do protetores.
A resposta vai de encontro á declaração recente do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Segundo ele, diante do avanço das imunizações contra a covid-19 no país, a população poderá "tirar de vez" as máscaras até o final do ano.
Devemos continuar com a proibição de qualquer tipo de aglomeração, com distanciamento mínimo entre as pessoas, e, dessa maneira e com a velocidade da imunização, continuaremos seguindo nesse processo de flexibilização, sem termos a necessidade de darmos passos atrás
João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência
O epidemiologista Paulo Menezes, coordenador do comitê, concorda. Segundo ele, o avanço da vacinação cria um novo cenário para a pandemia no país, mas, em especial em função da variante Delta, mais transmissível do que as anteriores, o uso de máscara em todas as situações deverá ser mantido
"No futuro, podemos reavaliar essa orientação", declarou Menezes
"Tirar essas máscaras de uma vez por todas"
Queiroga falou em "tirar de uma vez por todas essas máscaras" até o final deste ano. As afirmações do ministro ocorreram hoje, durante a inauguração da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Paranoá, em Brasília.
Garanto a vocês, em nome do [presidente Jair] Bolsonaro, até o final do ano toda a população brasileira estará vacinada. Até o final do ano, poremos fim ao caráter pandêmico dessa doença no Brasil e vamos poder tirar de uma vez por todas essas máscaras
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
O ministro disse ainda que pretende "desmascarar aqueles que, mesmo que nunca tenham usados máscaras, precisam ser desmascarados". O comentário foi feito pelo cardiologista de forma indireta aos críticos do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Indicadores da saúde em SP
Segundo o governo de São Paulo, as taxas de ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes diagnosticados com covid-19 estão em 45,57% no estado. Na Grande São Paulo, a taxa é menor: 42,79%. Já o número absoluto de internados em UTI covid hoje é de 4.720 pessoas.
Ontem, 4.772 pessoas estavam internadas. Já nas enfermarias 4.458 pessoas estão recebendo atendimento. O número total de casos da doença registrados no estado é de 4.138.421. Já o de óbitos é de 141.664.
O impacto de queda em casos, internações e óbitos foi significativo, com 8,1% de queda em casos, 8% em internações e também uma queda de 5,9% no número de óbitos. Precisamos vacina
Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo
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