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Queiroga: Coronavac não será usada em 3º dose por ter registro emergencial

O ministro da Saúde disse que a preferência para a dose de reforço será a Pfizer - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
O ministro da Saúde disse que a preferência para a dose de reforço será a Pfizer Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

03/09/2021 17h16

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou hoje que a pasta não vai recomendar o uso da Coronavac para a aplicação da terceira dose na imunização contra a covid-19. Segundo ele, a vacina da Pfizer será priorizada porque já possui registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"É necessário que haja a aprovação dos imunizantes para aplicação nestes grupos específicos, não podemos colocar qualquer imunizante. Só tem um deles com aprovação [definitiva] da Anvisa [incluindo os adolescentes]. E, se não tiver a aprovação da Anvisa, nós não vamos aplicar através do PNI", disse Queiroga em entrevista à CNN Brasil.

Ele reforçou que essa medida não é específica em relação à Coronavac e que a decisão do uso da Pfizer foi feita pelo grupo técnico da pasta. "Não só Coronavac, mas qualquer uma das vacinas que não tenham o registro da Anvisa não serão utilizadas por uma questão de segurança da população".

Os imunizantes da Pfizer e da Astrazeneca já têm o registro definitivo na Anvisa e apenas o primeiro foi aprovado para uso em adolescentes. As vacinas da Janssen e a Coronavac têm autorização de uso emergencial.

A declaração do ministro, no entanto, contraria a nota técnica nº 27/2021 do Ministério da Saúde, publicada em 26 de agosto, que recomenda o uso da Janssen para a dose de reforço. "A vacina a ser utilizada para a dose adicional deverá ser, preferencialmente, da plataforma de RNA mensageiro (Pfizer/Wyeth) ou, de maneira alternativa, vacina de vetor viral (Janssen ou Astrazeneca)."

Campanha para dose de reforço

O ministro também disse na entrevista que inicialmente a dose de reforço será aplicada nos grupos vulneráveis. "Vamos avançar com a dose de reforço nesses grupos e, se as pesquisas apontarem para necessidade desse reforço no restante da população brasileira, faremos isso até o final do ano", afirmou.

Queiroga minimizou as críticas em relação a previsão de recursos para compra de vacinas no Orçamento de 2022. "As vacinas para o ano que vem, se nós tivermos que aplicar esse novo ciclo, como você bem definiu, serão adquiridas agora", explicou.