RS: Saúde suspende envio de 300 mil doses de CoronaVac após ação da Anvisa
Quase 300 mil doses da vacina CoronaVac contra a covid-19 previstas para serem enviadas hoje ao Rio Grande do Sul foram suspensas após a interdição de sábado (4) da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo a secretaria, 299.400 doses deveriam chegar hoje ao estado e incluíam lotes bloqueados pela agência. "O lote ficou retido na Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Cenadi)", informou o estado em nota.
Os lotes foram bloqueados no Sistema de Insumo Estratégicos do Ministério da Saúde, de forma a evitar a movimentação inadvertida dos produtos até nova decisão."
Ainda de acordo com a pasta, o Rio Grande do Sul recebeu em 27 de julho 2.900 doses do lote L202106038, um dos 25 que foram bloqueados pela Anvisa.
"Os lotes já distribuídos e/ou aplicados estão sendo rastreados pelas equipes técnicas responsáveis e serão monitorados e controlados até definição final da Anvisa", reforçou.
E acrescenta: "Os usuários que receberam a vacina serão acompanhados durante 30 dias para avaliação de possíveis eventos adversos".
Ao UOL, o Ministério da Saúde informou que todos os lotes de CoronaVac interditados pela Anvisa terão a distribuição suspensa até conclusão da investigação pela agência.
"As doses que já foram administradas deverão ser devidamente registradas pelos estados e municípios nos sistemas de informação da rede nacional, como orientado para todas as doses aplicadas na população", acrescenta.
O Rio Grande do Sul é o terceiro estado que mais vacinou integralmente a sua população com mais de 4 milhões de pessoas imunizadas com duas doses ou a dose única da Janssen, o que corresponde a 38,09% da população do estado.
Já em primeira dose o estado fica em segundo lugar, com 67,31% pessoas, atrás apenas de São Paulo.
Lotes bloqueados
A Anvisa bloqueou de forma cautelar mais de 12 milhões de doses de CoronaVac que já haviam sido distribuídos ao PNI (Plano Nacional de Imunização) e outros 9 milhões que ainda estavam em tratativas de importação da China.
De acordo com a agência, os lotes em questão foram envasados em uma fábrica não inspecionada pelos seus técnicos, portanto, não tinha autorização de Uso Emergência no Brasil.
Foi o próprio Instituto Butantan, que produz a CoronaVac no Brasil em parceria com a chinesa Sinovac, quem notificou a Anvisa do problema. O instituto reforça que não há risco nas doses suspensas e que a decisão foi feita apenas por "extrema precaução". Os dois órgãos se reúnem hoje para decidir o que será feito.
O governo de São Paulo já informou que aplicou quatro milhões de doses pertencentes aos lotes suspensos. Segundo o jornal "Estadão", consultando dados do Ministério da Saúde, quase todas as doses dos lotes suspensos foram aplicadas em São Paulo.
Até o dia 31 de agosto, São Paulo tinha aplicado 3.314.292 doses desses lotes, enquanto outros 19 Estados juntos foram responsáveis pela aplicação de 14 mil doses.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.