Brasil registra a média mais baixa de mortes pela covid desde abril de 2020
O Brasil registrou hoje 260 mortes por covid-19. Com isso, o total de óbitos pela doença chegou a 607.764. Os dados foram obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.
Em média, morreram 314 pessoas por dia em razão da covid-19 nos últimos sete dias, é o menor número desde 27 de abril de 2020 — quando registrou 287.
O índice de hoje é -4% menor que o número de 14 dias atrás, o que aponta para uma tendência de estabilidade nas mortes do país. A média móvel já está abaixo de 400 há 19 dias e abaixo de 350 desde 23 de outubro.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.
Hoje, três estados não tiveram mortes em decorrência da covid-19. São eles: Acre, Amapá e Roraima.
Houve registro de queda na média móvel de mortes em 13 estados e no Distrito Federal, enquanto seis tiveram alta. Outros sete tiveram estabilidade.
Das regiões, Centro-Oeste e Norte tiveram queda, com -20% e -35% respectivamente. As demais se mantiveram estáveis: Nordeste (-3%), Sudeste (-4%) e Sul (12%).
Desde as 20h de ontem foram registrados 9.940 novos casos de coronavírus e a média de testes positivos foi 11.246. Desde o início da pandemia já foram feitos 21.801.701 diagnósticos da doença.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-1%)
- Minas Gerais: queda (-21%)
- Rio de Janeiro: estável (-14%)
- São Paulo: alta (18%)
Região Norte
- Acre: queda (-50%)
- Amazonas: queda (-30%)
- Amapá: queda (-50%)
- Pará: queda (-26%)
- Rondônia: estável (13%)
- Roraima: queda (-100%)
- Tocantins: queda (-23%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-22%)
- Bahia: alta (20%)
- Ceará: queda (-42%)
- Maranhão: estável (-13%)
- Paraíba: estável (8%)
- Pernambuco: alta (49%)
- Piauí: queda (-43%)
- Rio Grande do Norte: alta (50%)
- Sergipe: queda (-25%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-19%)
- Goiás: estável (-14%)
- Mato Grosso: queda (-41%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-41%)
Região Sul
- Paraná: alta (17%)
- Rio Grande do Sul: alta (17%)
- Santa Catarina: estável (-7%)
Dados do ministério
O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil registrou 232 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença já causou 607.694 óbitos em todo o país.
Pelos dados divulgados pela pasta, houve 10.693 testes positivos para a covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, elevando para 21.804.094 o total de infectados desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 20.992.510 casos recuperados da doença até o momento, com outros 203.890 em acompanhamento.
Sem se vacinar, Bolsonaro exalta imunização em discurso no G20
Único líder do G20 não vacinado contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu hoje o combate à pandemia como prioridade global aos líderes do bloco, que reúne as maiores economias do planeta.
Em discurso proferido na cúpula do grupo, em Roma, Bolsonaro afirmou que o Brasil "se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis".
O presidente também deu números da vacinação no país, que ressaltou estar ocorrendo "de forma voluntária". Nos últimos meses, Bolsonaro tem afirmado repetidas vezes não ter se imunizado, mas a informação oficial não está disponível porque o governo impôs sigilo de 100 anos sobre o cartão de vacinação dele.
Na cúpula do G20, Bolsonaro encerrou a fala conclamando os membros do bloco a garantirem imunizantes e outros insumos a nações externas ao bloco.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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