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Brasil fecha mês com menor número de mortes pela covid desde abril de 2020

Brasil se aproxima das 608 mil mortes causadas pela covid-19, segundo o Ministério da Saúde - Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo
Brasil se aproxima das 608 mil mortes causadas pela covid-19, segundo o Ministério da Saúde Imagem: Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo

Nathan Lopes e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo

31/10/2021 18h34Atualizada em 01/11/2021 10h30

Outubro de 2021 foi o mês com menos mortes por covid-19 no Brasil desde abril de 2020, ainda no início da pandemia. De acordo com dados obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde, o país registrou 11.060 mortes no mês que se encerra.

Em abril do ano passado foram 5.804 óbitos por causa do novo coronavírus. Antes dos registros totalizados neste domingo, o menor número era de novembro de 2020, com 13.263 mortes.

O Brasil registrou hoje (31) 96 mortes por covid-19. Com isso, o total de óbitos pela doença chegou a 607.860. Os dados foram obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

Em média, morreram 311 pessoas por dia em razão da covid-19 nos últimos sete dias, é o menor número desde 27 de abril de 2020 — quando registrou 287.

O índice de hoje é -3% menor que o número de 14 dias atrás, o que aponta para uma tendência de estabilidade nas mortes do país. A média móvel já está abaixo de 400 há 20 dias e abaixo de 350 desde 23 de outubro.

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Hoje, dois estados não atualizaram dados sobre mortes: Mato Grosso do Sul e Tocantins. Outros seis não tiveram mortes em decorrência da covid-19. São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Rondônia e Roraima.

Houve registro de queda na média móvel de mortes em 13 estados, enquanto quatro tiveram alta. Outros nove e o Distrito Federal tiveram estabilidade.

Das regiões, Centro-Oeste e Norte tiveram queda, com -22% e -35% respectivamente. As demais se mantiveram estáveis: Nordeste (-1%), Sudeste (4%) e Sul (-4%).

Desde as 20h de ontem foram registrados 6.853 novos casos de coronavírus e a média de testes positivos foi 11.605. Desde o início da pandemia já foram feitos 21.808.554 diagnósticos da doença.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-8%)
  • Minas Gerais: estável (-15%)
  • Rio de Janeiro: estável (-9%)
  • São Paulo: alta (35%)

Região Norte

  • Acre: queda (-50%)
  • Amazonas: queda (-22%)
  • Amapá: queda (-67%)
  • Pará: queda (-26%)
  • Rondônia: estável (13%)
  • Roraima: queda (-100%)
  • Tocantins: queda (-19%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-22%)
  • Bahia: estável (14%)
  • Ceará: queda (-53%)
  • Maranhão: estável (-7%)
  • Paraíba: alta (35%)
  • Pernambuco: alta (72%)
  • Piauí: queda (-39%)
  • Rio Grande do Norte: alta (43%)
  • Sergipe: queda (-25%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-13%)
  • Goiás: queda (-20%)
  • Mato Grosso: queda (-47%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-29%)

Região Sul

  • Paraná: estável (-15%)
  • Rio Grande do Sul: estável (14%)
  • Santa Catarina: estável (3%)

Dados do Ministério

Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil notificou 130 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 607.824 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 6.761 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no país. O total de infectados chegou a 21.810.855 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 20.996.772 casos recuperados da doença até agora, com outros 206.259 em acompanhamento.

Bolsonaro discute produção de vacina com diretor-geral da OMS em Roma

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se encontrou hoje com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante viagem para Roma, na Itália. O presidente está na capital italiana para participar da reunião da cúpula do G20, que acontece neste final de semana e reúne diversos líderes mundiais.

O vídeo da reunião com o diretor-geral da OMS foi compartilhado pelo presidente pelas redes sociais. Pelo Twitter, o Palácio do Planalto informou que a reunião aconteceu "à margem da cúpula de líderes do G20" e que o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, também participou da reunião. Não foram divulgados outros detalhes.

"Agora há pouco, por ocasião do G20, eu tive um encontro com o senhor Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS. Veja o que ele fala sobre origem do vírus, a vacinação em crianças e adolescentes, passaporte sanitário e medidas restritivas como lockdown", diz Bolsonaro em vídeo compartilhado no Facebook. Durante a conversa, Bolsonaro falou que medidas restritivas desequilibraram a economia.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.