Anvisa diz ser alvo de nova ameaça caso aprove vacina anticovid em criança
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou hoje ter recebido um segundo email, desta vez anônimo, com ameaças a servidores, diretores, funcionários terceirizados e seus familiares, caso vacinas contra a covid-19 para crianças sejam aprovadas pela entidade. Segundo a agência, a ameaça ocorreu cerca de 24 horas depois de outro texto semelhante ter sido recebido, "embora aparentemente o autor não seja o mesmo".
Na semana passada, diretores da agência já tinham sido ameaçados por email. As mensagens continham ameaças de morte e outros tipos de violência.
Na nota, publicada em seu site, a Anvisa disse já ter comunicado as duas ameaças a todas as autoridades federais: Presidências da República, do Senado, da Câmara e do STF (Supremo Tribunal Federal); PGR (Procuradoria-Geral da República); Ministérios da Justiça e da Saúde; Casa Civil; Polícia Federal; e Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Fazem parte da diretoria da Anvisa: Antonio Barra Torres (diretor-presidente), Meiruze Sousa Freitas (segunda diretoria), Cristiane Rose Jourdan Gomes (terceira diretoria), Rômison Rodrigues Mota (quarta diretoria) e Alex Machado Campos (quinta diretoria).
Ainda não constam pedidos na Anvisa para que libere a aplicação de doses da vacina contra a covid-19 em crianças. Por enquanto, apenas adolescentes entre 12 e 17 anos podem ser vacinados, e somente com o imunizante da Pfizer. Maiores de idade podem receber qualquer uma das vacinas já em uso no Brasil (Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac e Janssen). Na última quarta-feira (27), a Pfizer informou que vai pedir autorização da Anvisa para aplicar sua vacina contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos no Brasil.
A submissão do pedido, disse a farmacêutica, "deve ocorrer ao longo do mês de novembro de 2021".
Além dos EUA, outros países iniciaram a vacinação de crianças pequenas contra a covid-19, entre eles Cuba, Camboja, Israel, China e Emirados Árabes Unidos. Em alguns deles, a imunização é oferecida de forma ampla; em outros, como Israel, a vacina é direcionada a crianças com saúde frágil.
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