SP: Secretário diz que dia sem registro de mortes por covid é emblemático

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que o primeiro dia sem registro de mortes por covid-19 no estado desde o início da pandemia, em março de 2020, é emblemático. Em coluna no jornal O Estado de S. Paulo, Jean creditou a marca positiva alcançada ontem à vacinação e aos protocolos adotados pela população.

Habitualmente, durante as segundas-feiras, os dados divulgados são abaixo da média semanal, já que os municípios registram os óbitos no sistema oficial Sivep-gripe durante o domingo. No entanto, desde que a primeira morte pelo novo coronavírus foi registrada no estado em março de 2020, este fato ainda não havia acontecido nenhuma vez em São Paulo.

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"A gente sabia que era um dia com menos registros, mas mesmo assim nunca zerava. Então chegarmos nesta segunda-feira a nenhuma morte é emblemático, pois a não notificação de mortes tem um simbolismo que reforça o controle da pandemia no nosso Estado, fruto da vacinação e de a população ter acatado os protocolos, principalmente o uso de máscaras", disse Jean.

Desde o início da pandemia, São Paulo registrou 152.527 mortes por covid-19. Atualmente, há 3.011 pacientes internados em todo o território paulista, sendo 1.375 em UTIs e 1.636 em enfermaria.

Segundo Jean, os índices atuais mostram que até o momento não há indícios de uma terceira onda em São Paulo, como se temia com o avanço da variante Delta. Atualmente, o estado tem uma média móvel de novos casos diários inferior a mil.

"Se não tivéssemos a vacinação e aliado a isso a obrigatoriedade do uso de máscara, talvez tivéssemos um recrudescimento dos casos. Tínhamos uma preocupação com a variante Delta, uma possível terceira onda, mas não ocorreu", disse.

Neste cenário, o secretário disse que o governo trabalha para aumentar a vacinação de adolescentes e analisa a possibilidade de retirar a obrigatoriedade das máscaras. Uma definição deve ocorrer até o fim do mês.

"Estamos olhando para reduzir a obrigatoriedade das máscaras, por causa da redução da taxa de transmissão e do aumento da vacinação. A tendência é que primeiro sejam retiradas em ambientes externos e por fim no transporte público. É avaliação para o fim de novembro", disse.