Com dados acumulados de SP, Brasil registra 612 mortes por covid em 24 h
O número de mortes por covid-19 voltou a subir de patamar no Brasil hoje, com 612 óbitos registrados nas últimas 24 horas. A média móvel ficou em 260, segundo dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.
O aumento no número de óbitos foi alavancado pelos dados do estado de São Paulo que, nesta sexta-feira (12), registrou 414 óbitos, número mais alto do que nos últimos dias. O governo paulista alega instabilidade no sistema do Ministério da Saúde e afirma que o avanço é fruto de dados represados de outras semanas.
Já o Ministério diz que o SIVEP-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) não ficou fora do ar, mas apresentou "pontuais instabilidades que vem sendo solucionadas diariamente".
Diante disso, a média móvel de óbitos voltou a superar 250. Ontem, ficou em 243. Ao todo, 610.935 pessoas perderam suas vidas para a doença no país.
A média móvel é o indicador que corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás.
Os estados do Acre, Amazonas, Roraima e Sergipe não registraram nenhuma morte por covid-19.
Com isso, 12 estados e o Distrito Federal tiveram tendência de queda, enquanto dez se mantiveram estáveis e quatro apresentaram aceleração.
As regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram tendência de queda. Nordeste e Sudeste, de estabilidade, enquanto o Norte segue em alta.
Hoje também foram registrados 14.424 novos casos de coronavírus no país — em média, foram 11.381 testes positivos. Desde o início da pandemia, em março do ano passado, já foram feitos 21.940.950 diagnósticos da doença.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-22%)
- Minas Gerais: estável (-7%)
- Rio de Janeiro: queda (-45%)
- São Paulo: alta (42%)
Região Norte
- Acre: queda (-100%)
- Amazonas: estável (-14%)
- Amapá: alta (100%)
- Pará: alta (193%)
- Rondônia: estável (-11%)
- Roraima: estável (0%)
- Tocantins: queda (-35%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (0%)
- Bahia: queda (-22%)
- Ceará: estável (-5%)
- Maranhão: estável (-15%)
- Paraíba: queda (-19%)
- Pernambuco: queda (-22%)
- Piauí: alta (18%)
- Rio Grande do Norte: estável (10%)
- Sergipe: queda (-67%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-43%)
- Goiás: queda (-60%)
- Mato Grosso: queda (-30%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-18%)
Região Sul
- Paraná: queda (-68%)
- Rio Grande do Sul: estável (6%)
- Santa Catarina: estável (-8%)
Hoje, 22 estados brasileiros se encontram em melhor situação na pandemia do que há um ano em relação ao número de mortes diárias. Ceará, Minas, Rio Grande do Norte e São Paulo se encontram no mesmo patamar de 12 meses atrás. Já a Paraíba está em pior situação —o estado registrada 4,1 mortes por dia há um ano e 5,9 hoje.
Dados do Ministério da Saúde
Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil reportou 267 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença já provocou 610.491 óbitos em todo o país.
Pelos dados informados pela pasta, houve 14.598 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 21.939.196 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, houve 21.138.584 casos recuperados da doença até o momento no país, com outros 190.121 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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