Fiocruz: nova onda de covid-19 na Europa e Ásia serve de alerta para Brasil
Frente ao aumento de casos de covid-19 na Europa e Ásia, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) alerta para a necessidade de manutenção das medidas de prevenção à doença no Brasil. O Boletim Observatório Covid-19, divulgado hoje, também ressalta a desaceleração do ritmo de vacinação de primeiras doses no país.
O comunicado da fundação lembra que os casos graves da doença se concentram atualmente em grupos de pessoas que não foram vacinadas e, especialmente, em países com baixa cobertura vacinal. Embora o Brasil registre uma tendência geral de queda nos indicadores, a fundação sublinha que "a pandemia não acabou e que o risco de recrudescimento permanece com a proximidade da temporada de festas e de férias".
Por isso, além de aumento da cobertura vacinal, os pesquisadores da Fiocruz falam em manutenção das demais estratégias não farmacológicas, como distanciamento social e uso de máscaras - medidas que só poderão ser abandonadas, conforme explica o boletim, quando o país atingir o patamar de 80% da população plenamente imunizada.
"Essa ausência de distanciamento físico inclui formas distintas de aglomeração, desde o transporte público a atividades de comércio e lazer, nas quais há uma exposição prolongada de pessoas em espaços confinados", dizem os pesquisadores da Fiocruz.
Atualmente, de acordo com os dados de ontem do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, ao todo, 123.407.869 pessoas já tomaram a segunda dose ou a dose única de vacinas contra a doença. Isso corresponde a 57,85% da população do país.
Casos na Europa e Ásia
O boletim da Fiocruz ressalta o panorama da pandemia nos continentes conforme análise da OMS (Organização Mundial da Saúde), que mostra o recrudescimento da doença em países da Europa e da Ásia Central. Na última semana de outubro, as duas regiões foram responsáveis por 59% de todos os casos e 48% dos óbitos registrados no mundo inteiro.
Respectivamente, a Europa e a Ásia Central viram um aumento de 6% e 12% em comparação com a semana anterior. Se a tendência for mantida, segundo a OMS, essas regiões poderão registrar mais meio milhão de óbitos por covid-19 até 1º de fevereiro de 2022, e 43 países podem enfrentar o risco de colapso nos seus sistemas de saúde.
Na Europa, que voltou a ser o epicentro mundial da doença, vários países já possuem alta cobertura vacinal completa. Segundo a OMS, o continente foi responsável por 55% das mortes e 63% dos novos casos no mundo entre 1º e 7 de novembro.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, reforçou o alerta de que a vacinação não substitui "a necessidade de outras precauções". Por isso, a organização segue recomendando o uso "proporcional" de recursos como testagem e distanciamento social.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.