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Covid: Brasil passa de 22 milhões de casos, mas média é a menor em 18 meses

A média móvel de óbitos ficou hoje em 211 e a média de novos casos foi 8.631 - Eduardo Anizelli/Folhapress
A média móvel de óbitos ficou hoje em 211 e a média de novos casos foi 8.631 Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Carolina Marins, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

19/11/2021 18h35Atualizada em 19/11/2021 20h39

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 11.910 novos casos de covid-19. Com isso, o total de testes positivos desde o começo da pandemia ultrapassou os 22 milhões. No total, foram 22.001.369 de casos da doença. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

Ainda assim, a média móvel de casos é a menor dos últimos 18 médias. Foram 8.631 infecções nos últimos sete dias, menor número desde 10 de maio de 2020. Esse indicador é 14% menor que o de 14 dias atrás, o que indica estabilidade.

Desde as 20h de ontem também foram registradas 234 novas mortes pela covid-19. No total, 612.411 pessoas já perderam suas vidas para a doença.

Com isso, a média móvel de mortes ficou em 211, menor número desde 23 de abril de 2020. Essa média é 11% menor que a de 14 dias atrás, o que também indica uma tendência de estabilidade.

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Acre e Goiás não registraram nenhum óbito nas últimas 24 horas. O Mato Grosso do Sul não atualizou seus dados de casos e mortes.

Desconsiderando o Mato Grosso do Sul, 8 estados e o Distrito Federal tiveram queda. Outros 8 estados tiveram aceleração e 9 se mantiveram estáveis.

Das regiões, três tiveram queda: Centro-Oeste (-31%), Sudeste (-21%) e Sul (-16%). Já Nordeste e Norte tiveram aceleração com 41% e 85% respectivamente.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-22%)
  • Minas Gerais: queda (-35%)
  • Rio de Janeiro: estável (10%)
  • São Paulo: queda (-25%)

Região Norte

  • Acre: estável (0%)
  • Amazonas: alta (67%)
  • Amapá: queda (-50%)
  • Pará: alta (233%)
  • Rondônia: alta (129%)
  • Roraima: queda (-86%)
  • Tocantins: estável (-10%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (0%)
  • Bahia: alta (46%)
  • Ceará: alta (633%)
  • Maranhão: estável (13%)
  • Paraíba: estável (4%)
  • Pernambuco: queda (-20%)
  • Piauí: alta (100%)
  • Rio Grande do Norte: alta (88%)
  • Sergipe: alta (25%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-18%)
  • Goiás: queda (-48%)
  • Mato Grosso: estável (6%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (43%) *O estado não registrou dados até às 20h de hoje, portanto, a variação se refere aos números de ontem

Região Sul

  • Paraná: queda (-56%)
  • Rio Grande do Sul: estável (1%)
  • Santa Catarina: estável (8%)

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil reportou 226 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. A doença causou 612.370 óbitos em todo o país desde o início da pandemia.

Pelos dados do ministério, houve 13.355 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil entre ontem e hoje. Desde março de 2020, o total de infectados chegou a 22.003.317.

Segundo o governo federal, houve 21.214.823 casos recuperados da doença até o momento, com outros 176.124 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.