SP: Nova variante põe Réveillon em risco, mas ainda não ameaça Carnaval
Diante da proliferação de uma nova variante da covid-19, a ômicron, e da proximidade da virada do ano, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo tende a não apoiar a organização de mega-aglomerações de Réveillon. Já as festas de Carnaval, previstas para daqui a cerca de três meses, podem acontecer se até lá os indicadores da pandemia estiverem controlados. A avaliação é do secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.
Ao UOL, Gorinchteyn afirmou que o alto índice de vacinação no estado tranquiliza o cenário epidemiológico para a chegada de uma nova variante, mas sugere cautela ao comentar sobre as comemorações. Ele reconhece que, mesmo que autoridades não organizem as festas de Réveillon, as pessoas irão celebrar em suas casas ou em festas privadas.
Nós estamos com muita atenção à sugestão para que o Réveillon não aconteça. Em relação ao Carnaval, nós temos ainda três meses de avaliação, pode ser que tenhamos um ambiente muito mais favorável. É um outro passo a ser discutido lá pra frente."
Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde
Na capital paulista, a festa, que tradicionalmente acontece na avenida Paulista, já está sendo organizada pela Prefeitura de São Paulo. No entanto, a gestão municipal reforça, em nota que "a realização do evento está condicionada ao quadro epidemiológico relativo à pandemia de covid-19 e entendimento das autoridades de saúde pública e sanitárias".
Para o secretário estadual, as informações disponíveis sobre a variante, por enquanto, são insuficientes para mudar o rumo das ações na pandemia —como estabelecer novas restrições. O estado já programou a liberação de máscaras de proteção em espaço aberto para o dia 11 de dezembro.
Variante de preocupação
Identificada no sul da África, a variante ômicron foi considerada "variante de preocupação" pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Ela assustou cientistas pela velocidade de contágio e pelo número oito vezes maior de mutações de outras cepas já classificadas como de preocupação.
O temor fez com que o Brasil anunciasse o fechamento da fronteira com seis países da África. Países da Europa também colocaram restrições nos aeroportos. A Bélgica anunciou que identificou o primeiro caso positivo da variante.
"As variantes normalmente surgem em locais em que a circulação do vírus é cada vez maior. Foi o que a gente teve como expectativa catastrófica de uma terceira onda agora em setembro e isso não aconteceu porque nós já tínhamos um número de pessoas vacinadas muito grande. Então, [a piora no cenário] não se consolidou", disse Gorinchteyn.
No continente africano, apenas 7% dos habitantes estão totalmente vacinados. No Brasil, 62% da população já completou a vacinação. Em São Paulo, estado mais populoso do país, o índice é de 93%.
"Por outro lado, a Secretaria da Saúde, junto ao Instituto Butantan, realiza um rastreio genômico das amostras de forma aleatória", pontua o secretário. Por enquanto, diz ele, a variante não foi encontrada em território paulista.
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