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SP: secretário diz que 4,3 mi não tomaram 2ª dose e alerta sobre Réveillon

24 mar. 2021 - Jean Gorinchteyn durante liberação de novas doses da CoronaVac ao PNI - Sergio Andrade/Governo do Estado de São Paulo
24 mar. 2021 - Jean Gorinchteyn durante liberação de novas doses da CoronaVac ao PNI Imagem: Sergio Andrade/Governo do Estado de São Paulo

Do UOL, em São Paulo

29/11/2021 10h55Atualizada em 29/11/2021 12h05

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, informou hoje à CNN Brasil que cerca de 4,3 milhões de pessoas não voltaram para tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19 no estado. Segundo o secretário, a faixa etária de 12 a 29 anos é a que mais não retornou aos postos de saúde para completar a imunização.

"Nós temos que entender que o Réveillon já está nas nossas portas e que nós precisamos vacinar. Estamos vacinando muito, mas precisamos vacinar mais. Nós chegamos aqui no estado de São Paulo a 75% da imunização completa de todas as faixas etárias. Mas temos 4,3 milhões de pessoas ainda faltosas. Especialmente um público na faixa de 12 a 29 anos, que é exatamente o público que sai, que vai para as festas, vai para a balada e faz circular os vírus."

Em contato com o UOL, a Secretaria de Estado de Saúde explicou que o balanço da última semana "contabiliza 856,7 mil pessoas que ainda precisam completar o esquema vacinal com o imunizante do Butantan/Coronavac, 1 milhão da Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e 2,5 milhões da Pfizer/BioNTech".

Alerta sobre Réveillon

Gorinchteyn também alertou que as prefeituras devem ficar atentas com os casos de covid-19 para definirem se farão eventos de final de ano, como o Réveillon, que podem provocar a aglomeração de pessoas e, consequentemente, disseminar ainda mais o vírus.

A atenção, declarou o secretário, também deve se voltar para a variante ômicron, descoberta na África do Sul e já registrada em ao menos 15 países.

O secretário reforçou que os índices de vacinação precisam aumentar no estado, mas ponderou que o governo respeitará a autonomia dos municípios na definição de realizar eventos com aglomeração do público.

"Seguramente nos precisamos uma robustez ainda maior no percentual de imunização e imaginando que as prefeituras, apesar de terem a autonomia [de definir a] realização do Réveillon, precisam estar muito atentas porque isso é um momento de aglomeração entre as pessoas e que a observância as regras sanitárias de uso de máscara nem sempre acaba acontecendo", começou.

E completou: "Então acho que vale a pena uma medida bem austera das prefeituras em reavaliar, ao menos neste momento, o Réveillon independente de termos ou não cepas mutantes ou geneticamente modificadas. Então, a atenção é para a presença da covid-19 no nosso meio".

Apesar de pedir atenção com a variante ômicron, Gorinchteyn declarou que até o momento o estado não tem "nenhum intuito de não retirar a máscara no dia 11 de dezembro para os ambientes externos salvo se houver alguma alteração no ponto de vista epidemiológico".