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Covid: Brasil completa duas semanas com média de mortes abaixo de 250

Desde as 20h de ontem, foram registrados 205 óbitos pela covid-19 no Brasil. No total, 615.225 pessoas já perderam a vida para a doença no país - Eduardo Anizelli/Folhapress
Desde as 20h de ontem, foram registrados 205 óbitos pela covid-19 no Brasil. No total, 615.225 pessoas já perderam a vida para a doença no país Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Leonardo Martins, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

02/12/2021 18h22Atualizada em 02/12/2021 21h21

O Brasil completou nesta quinta-feira (2) duas semanas com a média móvel de mortes pela covid-19 abaixo de 250. Em média, morreram 218 pessoas no país nas últimas 24 horas. A média móvel é calculada a partir dos registros de óbitos dos últimos sete dias obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

A média de óbitos ficou abaixo de 300 em todo o mês de novembro. Ao longo do mês, este dado variou acima e abaixo de 250 e chegou até a cair abaixo de 200 no dia 20, mas só há duas semanas se estabilizou no patamar de agora.

Este indicador é o melhor para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de Saúde, que costumam ficar represados aos fins de semana e feriados. A média diária é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Desde as 20h de ontem, foram registrados 205 óbitos pela covid-19 no Brasil. No total, 615.225 pessoas já perderam a vida para a doença no país.

Hoje, Acre, Amapá e Mato Grosso do Sul não registraram nenhuma morte por covid-19. Outros 18 estados tiveram menos de 10 óbitos.

Desde as 20h de ontem, também foram registrados 12.733 novos casos de coronavírus no país — em média, foram 8.822 diagnósticos. O número total de testes positivos chegou a 22.117.364.

A média móvel de mortes no Brasil subiu 4%, o que indica uma tendência de estabilidade. Na análise por regiões, nenhuma registrou aceleração. Centro-Oeste (6%), Nordeste (-3%), Norte (9%) e Sudeste (13%) registram estabilidade e no Sul (-17%), houve queda.

Nesta quinta, sete estados e o Distrito Federal registraram queda na média móvel de mortes, 14 ficaram estáveis, e em cinco, houve aceleração

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (8%)
  • Minas Gerais: alta (28%)
  • Rio de Janeiro: estável (3%)
  • São Paulo: estável (12%)

Região Norte

  • Acre: estável (0%)
  • Amazonas: queda (-20%)
  • Amapá: alta (100%)
  • Pará: estável (6%)
  • Rondônia: estável (13%)
  • Roraima: alta (400%)
  • Tocantins: queda (-33%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (0%)
  • Bahia: estável (-2%)
  • Ceará: estável (-2%)
  • Maranhão: estável (0%)
  • Paraíba: estável (-8%)
  • Pernambuco: estável (-8%)
  • Piauí: queda (-27%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-33%)
  • Sergipe: queda (-20%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-46%)
  • Goiás: alta (69%)
  • Mato Grosso: queda (-53%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (67%)

Região Sul

  • Paraná: estável (-11%)
  • Rio Grande do Sul: estável (-8%)
  • Santa Catarina: queda (-37%)

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil notificou 215 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 615.179 óbitos em todo o país.

Pelos dados do ministério, foram computados 12.910 testes positivos para covid-19 entre ontem e hoje no Brasil. O total de infectados chegou a 22.118.782 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 21.351.505 casos recuperados da doença até aqui, com outros 152.098 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.