Portaria do governo é avanço e aumenta proteção contra covid, diz Anvisa
Do UOL, em São Paulo
09/12/2021 11h10Atualizada em 09/12/2021 12h36
O presidente da Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, afirmou hoje que "é um avanço" a portaria do governo federal sobre regras para a entrada no Brasil por via aérea. O texto, publicado hoje, exige a apresentação de teste negativo para covid-19 e comprovante de vacinação aos viajantes.
"A nova portaria é um avanço importante. Nós consideramos que quase tudo aquilo sugerido pela agência foi acatado pelos ministérios. Estamos aumentando a proteção sanitária do cidadão brasileiro", afirmou Barra Torres em entrevista à GloboNews.
Em nota, a Anvisa acrescentou que a portaria assume a vacina como eixo central da nova política e coloca o Brasil num movimento global que "pavimenta o caminho para uma política de fronteiras guiada pela segurança sanitária".
Quem não estiver vacinado, deverá fazer uma quarentena de cinco dias no Brasil. As medidas começam a valer no sábado (11) e se aplicam a brasileiros e estrangeiros.
À GloboNews, Barra Torres explicou que entre o 5º e 6º dia é possível identificar a carga viral em pessoas infectadas. "Quando se coloca uma quarentena de cinco dias, ela só termina após o material colhido no 5º dia revelar o resultado negativo. Caso não revele, essa quarentena se prolonga até o 14º dia, quando é feito uma nova testagem".
O presidente da Anvisa ressaltou que a medida tem efeito educativo. "Ficará claro para o viajante que é muito mais tranquilo e fluído se ele fizer a opção pela vacina. Se não se vacinar, ele se compromete com quarentena e a ser testado".
A proteção sanitária é um somatório de diversos fatores. Nós temos comprovado de que não há barreira sanitária 100% eficaz. O que há é o somatório.
Antonio Barra Torres em entrevista à GloboNews
Segundo Barra Torres, as regras serão atualizadas e revistas, caso necessário. "Sempre tenho dito que nenhuma medida é escrita em pedra".
A Anvisa também alerta para a testagem antecipada de pessoas não vacinados. "É medida ao alcance e de competência do Ministério da Saúde, mediante avaliação do contexto epidemiológico", afirmou. "A medida deve ser monitorada para avaliação dos seus eventuais impactos".