Fiocruz pretende entregar 130 milhões de doses até junho e exportar vacinas
Com a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) produzir nacionalmente o insumo utilizado na vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, prevê que será possível entregar 130 milhões de doses até o fim do primeiro semestre de 2022.
"Ainda temos IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) importado contribuindo também nesse processo, a nossa meta é a entrega de 130 milhões de doses até junho desse ano", afirmou em entrevista para a CNN na tarde de hoje.
Segundo Nísia, já foi produzido insumo suficiente para finalizar agora 21 milhões de doses contra a covid-19. Além da grande entrega para compor o esquema vacinal no Brasil, a presidente da Fiocruz disse que "está no horizonte" da fundação internacionalizar o imunizante.
"Teremos condições de exportar essa vacina ou contribuir com doações", falou. "Nossa capacidade será ampliada a partir de maio, então vamos ver as necessidades do SUS (Sistema Único de Saúde) e do mundo, especialmente da América Latina e do continente africano", disse.
Segundo o diretor da unidade Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, em entrevista à GloboNews, a Fiocruz deve entregar o primeiro lote de vacinas contra a covid-19 feitas com o IFA nacional em fevereiro.
Aprovação da Anvisa
Na prática, a aprovação de hoje da Anvisa significa que o Brasil terá sua primeira vacina contra o coronavírus 100% nacional. O processo para conseguir autorização da agência para produzir o IFA nacional teve início ainda no ano passado.
Em maio de 2021, a Anvisa concedeu à Fiocruz um certificado de Boas Práticas de Fabricação do novo insumo, o que garante que a linha de produção cumpre com todos os requisitos necessários para a garantia da qualidade do IFA. Desde então, a instituição produz lotes testes para submeter à Anvisa e já tem o equivalente a 21 milhões de doses em IFA nacional, em diferentes etapas de produção e controle de qualidade.
A vacina produzida pela Fiocruz foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. O imunizante recebeu registro definitivo para uso no Brasil em 12 de março de 2021.
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