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Covid: Brasil registra 139 mortes e 73 mil novos testes positivos em 24h

Carlos Madior/UOL
Imagem: Carlos Madior/UOL

Ricardo Espina, Juliana Arreguy e Isabella Cavalcante

Colaboração para o UOL, em São Paulo e do UOL, em São Paulo e Brasília

11/01/2022 20h05

O Brasil registrou 139 mortes em decorrência da covid-19 nas últimas 24 horas, estabelecendo média móvel de óbitos — como é chamado o cálculo de falecimentos diários ao longo de sete dias — de 122. Os dados são do consórcio de veículos imprensa, do qual o UOL faz parte.

Alagoas, Sergipe e Roraima não notificaram mortes causadas pela covid-19 no último dia. Desde o início da pandemia, o Brasil teve 620.281 vidas perdidas para a doença.

Nas últimas 24 horas, o país registrou 73.617 novos testes positivos para a covid-19. Assim, foram reportados 22.630.142 exames confirmando a doença no Brasil desde março de 2020.

Após três dias com tendência de alta, o Brasil apresenta estabilidade (15%) em relação à média móvel de mortes.

A variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se o valor ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre os dois valores, significa estabilidade.

Já a média móvel de casos é de 44.016, com tendência de alta (631%) em relação aos últimos 14 dias. Isso não necessariamente espelha a verdadeira variação do país, já que muitos dados foram afetados pelo apagão no sistema do Ministério da Saúde.

A média móvel de mortes apresenta tendência de estabilidade as regiões Centro Oeste (-11%) e Nordeste (-10%); já o Norte (124%) e o Sul (58%) estão em alta. O Sudeste (-67%) é a única região em queda.

Nove estados e o Distrito Federal estão em queda, oito em estabilidade, e nove em aceleração.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-37%)
  • Minas Gerais: alta (65%)
  • Rio de Janeiro: queda (-70%)
  • São Paulo: alta (125%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (0%)
  • Amapá: queda (-50%)
  • Pará: alta (180%)
  • Rondônia: alta (50%)
  • Roraima: queda (-100%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (500%)
  • Bahia: alta (84%)
  • Ceará: estabilidade (-9%)
  • Maranhão: estabilidade (6%)
  • Paraíba: queda (-18%)
  • Pernambuco: estabilidade (5%)
  • Piauí: alta (18%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-23%)
  • Sergipe: estabilidade (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-17%)
  • Goiás: estabilidade (0%)
  • Mato Grosso: alta (141%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-43%)

Região Sul

  • Paraná: alta (69%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-20%)
  • Santa Catarina: queda (-21%)

Doria diz que São Paulo pode retomar restrições para conter covid-19

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que pode haver novas restrições para conter a covid-19, com o aumento recente do número de casos. Ele afirmou, porém, que não há previsão de fechar o comércio ou serviços.

"Vamos ter restrições que já foram apresentadas para eventos de aglomerações", afirmou durante agenda no interior do estado. "Grandes aglomerações não são recomendáveis e o comitê científico já expressou essa deliberação".

O governador, entretanto, não detalhou o que seriam grandes aglomerações. Doria disse que não há necessidade de restringir atividades comerciais. "Não há nesse momento nenhuma indicação ou necessidade de fechamento ao comércio ou setor de serviços, assim como setor produtivo, do agronegócio e da indústria. Há sim, cautela", declarou.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.