Justiça suspende greve de médicos da rede municipal de São Paulo
A Justiça de São Paulo acatou um pedido da prefeitura da capital e proibiu a greve dos médicos da APS (Atenção Primária à Saúde), marcada para amanhã (19). A decisão liminar é do vice-presidente do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), Guilherme Gonçalves Strenger.
O magistrado entendeu que a paralisação, neste momento, poderia causar "graves prejuízos" à população, segundo nota enviada pela prefeitura. A administração municipal disse que a ação movida pelo município "visa manter a assistência em saúde à população".
Caso a decisão da Justiça não seja respeitada com a integralidade dos servidores municipais em atividade, será aplicada uma multa diária de R$ 600 mil.
Na última semana, os profissionais decidiram pela paralisação de 24h nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e um ato em frente à sede da Prefeitura. De acordo com o Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo) a paralisação é permitida sem um contingente mínimo porque unidade básica não é considerada atendimento emergencial - diferente de prontos-socorros.
O UOL entrou em contato com o Simesp para comentar a decisão e aguarda retorno. O texto será atualizado em caso de resposta.
Médicos adoecidos
Ao UOL, uma representante do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo) disse que profissionais têm pedido demissão por causa do aumento das demandas. Segundo ela, não há ampliação no quadro de pessoas e que todos têm enfrentado exaustão, e falta de insumos e infraestrutura nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em São Paulo.
A SMS (Secretaria Municipal de Saúde), porém, rebate a informação e diz já ter realizado 280 contratações desde dezembro, além de ter autorizado outras 700.
Ontem (17), o sindicato e outros representantes da classe se reuniram com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, mas não chegaram a um consenso. A SMS afirma que vai estender o horário de atendimento nas UBSs para desafogar o fluxo e criar tendas de gripários, uma das demandas da categoria.
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