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Covid: Brasil bate recorde de média móvel de casos conhecidos pelo 5º dia

Segundo o Ministério da Saúde, Brasil teve mais de 157 mil casos registrados de covid-19 nas últimas 24 horas - MARCOS PORTO/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo o Ministério da Saúde, Brasil teve mais de 157 mil casos registrados de covid-19 nas últimas 24 horas Imagem: MARCOS PORTO/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Leonardo Martins e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

22/01/2022 19h22

Pelo quinto dia seguido, a média móvel de casos conhecidos de covid-19 no Brasil bateu recorde, com 140.698 diagnósticos positivos em média nos últimos sete dias.

Esse é o número mais alto da média móvel de casos conhecidos desde o começo da pandemia. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Com o avanço das infecções pela variante ômicron, que é mais transmissível, a média de casos conhecidos está em aceleração desde o 29 de dezembro. Hoje, a tendência de aceleração é de 324% na comparação com 14 dias atrás.

A média móvel é considerada a melhor forma de análise dos dados da pandemia porque corrige os números represados divulgado pelas secretarias de saúde aos fins de semana e feriados.

A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Nas últimas 24 horas, foram notificados 202.466 novos testes positivos. Ao todo, são 23.960.207 casos registrados da doença desde março do ano passado.

Mais 332 pessoas morreram por causa da doença nas últimas 24 horas. A média móvel de óbitos ficou em 282. Ao todo, o país contabiliza 622.979 mortes por covid-19.

Os estados do Acre e Roraima não registraram mortes hoje. O Distrito Federal não divulga boletins de dados aos finais de semana.

Ao todo, vinte estados e o Distrito Federal apresentam tendência de alta. Quatro registraram queda e outros dois ficaram estáveis.

Estão em tendência de alta as regiões Centro-Oeste (122%), Norte (48%) e Sul (63%). O Nordeste (3%) segue em estabilidade e o Sudeste (-31%) está em tendência de queda.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (105%)
  • Minas Gerais: alta (56%)
  • Rio de Janeiro: alta (58%)
  • São Paulo: alta (371%)

Região Norte

  • Acre: queda (-100%)
  • Amazonas: alta (178%)
  • Amapá: alta (200%)
  • Pará: queda (-41%)
  • Rondônia: queda (-43%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (250%)
  • Bahia: alta (37%)
  • Ceará: alta (283%)
  • Maranhão: alta (58%)
  • Paraíba: alta (157%)
  • Pernambuco: queda (-21%)
  • Piauí: alta (78%)
  • Rio Grande do Norte: alta (177%)
  • Sergipe: alta (40%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (18%)
  • Goiás: alta (166%)
  • Mato Grosso: alta (126%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (86%)

Região Sul

  • Paraná: alta (117%)
  • Rio Grande do Sul: alta (208%)
  • Santa Catarina: alta (166%)

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 157.393 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. O total de infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 23.909.175.

Ainda de acordo com as informações do ministério, houve 238 novas mortes causadas pela covid-19 em todo o país entre ontem e hoje, elevando o total de óbitos causados pela doença para 622.801.

Segundo o governo federal, houve 21.848.302 casos recuperados da doença até o momento, com outros 1.438.072 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.