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Covid: Brasil tem 489 mortes em 24 horas, número mais alto em 74 dias

Ana Paula Bimbati, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

25/01/2022 19h53Atualizada em 26/01/2022 10h55

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 489 mortes em decorrência da covid-19. O número foi o mais alto desde o dia 12 de novembro, quando foram registrados 612 óbitos, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

O país também registrou uma média móvel de óbitos acima de 300 pelo segundo dia consecutivo. O índice hoje ficou em 332 — o maior desde o último dia 31 de outubro, quando o país registrou 311.

Vale lembrar que o índice calcula a média diária de mortes a partir dos números dos últimos sete dias e é considerado a informação mais indicada para analisar a pandemia.

Os estados do Acre, Goiás e Roraima não registraram mortes de ontem para hoje, segundo as secretarias.

Ao todo, nas últimas 24 horas também foram conhecidos quase 199.126 mil novos casos de infecção pelo coronavírus. A média móvel de diagnósticos está em alta desde 29 de dezembro e hoje ficou em 159.789.

O índice aponta uma aceleração de 203% no Brasil como um todo. Apenas o Piauí, entre os estados e o Distrito Federal, apresenta uma tendência de queda.

No total, o Brasil já teve 24.334.072 casos notificados da doença a partir de testes e 623.901 mortes pela covid-19.

Em relação à variação de mortes dos últimos 14 dias, 21 estados e o Distrito Federal apresentaram tendência de alta. Três registraram estabilidade e outros dois estão em queda.

Apenas a região Nordeste apresentou estabilidade, com 15%. As demais indicaram tendência de alta: Centro-Oeste com 86%, Sudeste com 71%, Sul com 66% e Norte com 42%.

Para calcular a variação, a média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (175%)
  • Minas Gerais: alta (138%)
  • Rio de Janeiro: alta (121%)
  • São Paulo: alta (392%)

Região Norte

  • Acre: alta (50%)
  • Amazonas: alta (250%)
  • Amapá: alta (125%)
  • Pará: queda (-52%)
  • Rondônia: queda (-37%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (250%)
  • Bahia: alta (59%)
  • Ceará: alta (427%)
  • Maranhão: alta (69%)
  • Paraíba: alta (213%)
  • Pernambuco: estabilidade (-11%)
  • Piauí: alta (50%)
  • Rio Grande do Norte: alta (471%)
  • Sergipe: alta (233%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (88%)
  • Goiás: alta (63%)
  • Mato Grosso: alta (53%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (340%)

Região Sul

  • Paraná: alta (242%)
  • Rio Grande do Sul: alta (338%)
  • Santa Catarina: alta (215%)

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado hoje (25), o Ministério da Saúde informou que foram notificados 183.722 casos de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. Desde o começo da pandemia, o total de infectados subiu para 24.311.317.

Pelos números do órgão, também foram reportadas 487 novas mortes causadas pela doença nas últimas 24 horas em todo o país, elevando o total de óbitos para 623.843 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 21.926.277 casos recuperados de covid-19 no país até o momento, com outros 1.761.197 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.