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Covid: Brasil tem recorde de casos conhecidos pelo segundo dia consecutivo

A média móvel de casos conhecidos ficou em 170.572. No total, já foram feitos 24.782.922 diagnósticos positivos da doença - Carlos Madeiro/UOL
A média móvel de casos conhecidos ficou em 170.572. No total, já foram feitos 24.782.922 diagnósticos positivos da doença Imagem: Carlos Madeiro/UOL

Juliana Arreguy, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

27/01/2022 19h26Atualizada em 20/07/2022 16h53

O Brasil teve 228.972 novos casos conhecidos de covid-19 nas últimas 24 horas. O número é, pelo segundo dia consecutivo, o maior já registrado em 24 horas desde o começo da pandemia. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel de casos conhecidos — que calcula a média diária de casos a partir dos números dos últimos sete dias — ficou em 170.572 e está em aceleração (150%).

A variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Todas as 27 unidades da federação apresentam tendência de alta na média móvel de casos.

Desde as 20h de ontem também foram registradas 662 mortes pelo coronavírus. O número não alcançava um valor tão alto desde o dia 5 de outubro de 2021, quando o registro atingiu 686 óbitos em 24h —foi desconsiderado o cálculo de 12 de novembro, com 612 mortes, porque a data em questão apresentou dados represados.

A média móvel de mortes da última semana está em 417. O dado calcula a média diária de mortes a partir dos números dos últimos sete dias e não apresentava valor acima de 400 desde 11 de outubro, quando houve o registro de 440 óbitos.

Pelo 15º dia seguido, o Brasil apresenta alta (201%) em relação à média móvel de mortes. Todas as regiões do Brasil também estão em aceleração: Centro Oeste (219%), Norte (136%), Sudeste (115%), Sul (101%) e Nordeste (42%),

Vinte estados e mais o DF estão em alta, quatro estados estão estáveis e apenas um está em queda.

Até o momento, o país registrou 24.782.922 diagnósticos e 625.169 mortes pela covid-19. O único estado que não divulgou novos dados de casos conhecidos e mortes nesta noite foi o Ceará.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (190%)
  • Minas Gerais: alta (168%)
  • Rio de Janeiro: alta (178%)
  • São Paulo: alta (278%)

Região Norte

  • Acre: alta (250%)
  • Amazonas: alta (238%)
  • Amapá: alta (100%)
  • Pará: queda (-35%)
  • Rondônia: estabilidade (-15%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (233%)
  • Bahia: alta (78%)
  • Ceará: não atualizou os dados
  • Maranhão: alta (71%)
  • Paraíba: alta (475%)
  • Pernambuco: estabilidade (13%)
  • Piauí: alta (47%)
  • Rio Grande do Norte: alta (360%)
  • Sergipe: alta (200%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (186%)
  • Goiás: alta (329%)
  • Mato Grosso: alta (88%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (331%)

Região Sul

  • Paraná: alta (633%)
  • Rio Grande do Sul: alta (373%)
  • Santa Catarina: alta (278%)

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado hoje (27), o Ministério da Saúde informou que foram notificados 228.954 casos de covid-19 em todo o Brasil nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o total de infectados chegou a 24.764.838.

Pelos dados divulgados pela pasta, houve 672 novas mortes por covid-19 registradas em todo o país entre ontem e hoje. O número de óbitos provocados pela doença subiu para 625.085 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 22.098.157 casos recuperados de covid-19 no Brasil, com outros 2.041.596 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.