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Com média de 767 mortes de covid, país vê desacelaração em alta de óbitos

Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 391 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas - EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 391 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas Imagem: EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Leonardo Martins e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

06/02/2022 19h19

O Brasil registrou hoje média de 767 mortes por covid-19. O país apresenta tendência de alta na média diária de óbitos, mas, nessa primeira semana de fevereiro, a variação das mortes pela doença vem desacelerando a cada dia.

Nas últimas 24 horas, foram notificados 420 óbitos por infecções de covid-19. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A variação de óbitos atingiu seu pico, até o momento, no dia 29 de janeiro, quando registrou tendência de alta de 243%, e começou a diminuir. No entanto, o país continua em aceleração na média de mortes pelo 24º dia seguido, com 149%. O índice ficou da seguinte forma na última semana:

  • 29/01 - 243%
  • 30/01 - 238%
  • 31/01 - 205%
  • 01/02 - 181%
  • 02/02 - 178%
  • 03/02 - 168%
  • 04/02 - 160%
  • 05/02 - 155%
  • 06/02 - 149%

Todas as regiões estão em aceleração: Centro Oeste (117%), Nordeste (129%), Norte (213%), Sudeste (189%) e Sul (217%). Vinte e três estados e o Distrito Federal estão em alta, dois estão estáveis e apenas o Amapá está em queda, com -25% de variação.

Amapá e Roraima não registraram mortes hoje, e o Tocantins não divulgou os dados da pandemia hoje. O Distrito Federal não divulga números da saúde aos finais de semana.

A chamada média móvel é o índice mais confiável para checar o avanço ou regresso da pandemia, calculado a partir da média de mortes dos últimos sete dias.

Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Desde março de 2020, 632.289 vidas foram perdidas por causa da covid-19.

Média móvel de casos fica estável

O Brasil também registrou 64.561 novos casos conhecidos da doença nas últimas 24 horas. Ao todo, 26.536.597 testes tiveram diagnóstico positivo desde o começo da pandemia.

A média móvel de casos conhecidos está em 169.301. O índice veio desacelerando no último mês e, hoje, voltou a apresentar tendência de estabilidade, com 13%. O DF e mais 16 estados apresentaram tendência de alta na média móvel de casos; cinco estados estão estáveis e cinco em queda.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (250%)
  • Minas Gerais: alta (323%)
  • Rio de Janeiro: alta (244%)
  • São Paulo: alta (114%)

Região Norte

  • Acre: alta (867%)
  • Amazonas: alta (121%)
  • Amapá: queda (-25%)
  • Pará: alta (109%)
  • Rondônia: alta (89%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (150%)
  • Bahia: alta (115%)
  • Ceará: alta (109%)
  • Maranhão: alta (70%)
  • Paraíba: alta (348%)
  • Pernambuco: alta (161%)
  • Piauí: alta (139%)
  • Rio Grande do Norte: alta (114%)
  • Sergipe: alta (350%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (253%)
  • Goiás: alta (88%)
  • Mato Grosso: alta (84%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (214%)

Região Sul

  • Paraná: alta (275%)
  • Rio Grande do Sul: alta (181%)
  • Santa Catarina: alta (128%)

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado hoje (6), o Ministério da Saúde informou o registro de 391 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas no Brasil. Desde o início da pandemia, foram notificados 632.193 óbitos provocados pela doença em todo o país.

Pelos números da pasta, também houve 59.737 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 26.533.010 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, até o momento houve 22.717.907 casos recuperados da doença em todo o país, com outros 3.182.910 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.