Com média de 767 mortes de covid, país vê desacelaração em alta de óbitos
O Brasil registrou hoje média de 767 mortes por covid-19. O país apresenta tendência de alta na média diária de óbitos, mas, nessa primeira semana de fevereiro, a variação das mortes pela doença vem desacelerando a cada dia.
Nas últimas 24 horas, foram notificados 420 óbitos por infecções de covid-19. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
A variação de óbitos atingiu seu pico, até o momento, no dia 29 de janeiro, quando registrou tendência de alta de 243%, e começou a diminuir. No entanto, o país continua em aceleração na média de mortes pelo 24º dia seguido, com 149%. O índice ficou da seguinte forma na última semana:
- 29/01 - 243%
- 30/01 - 238%
- 31/01 - 205%
- 01/02 - 181%
- 02/02 - 178%
- 03/02 - 168%
- 04/02 - 160%
- 05/02 - 155%
- 06/02 - 149%
Todas as regiões estão em aceleração: Centro Oeste (117%), Nordeste (129%), Norte (213%), Sudeste (189%) e Sul (217%). Vinte e três estados e o Distrito Federal estão em alta, dois estão estáveis e apenas o Amapá está em queda, com -25% de variação.
Amapá e Roraima não registraram mortes hoje, e o Tocantins não divulgou os dados da pandemia hoje. O Distrito Federal não divulga números da saúde aos finais de semana.
A chamada média móvel é o índice mais confiável para checar o avanço ou regresso da pandemia, calculado a partir da média de mortes dos últimos sete dias.
Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.
Desde março de 2020, 632.289 vidas foram perdidas por causa da covid-19.
Média móvel de casos fica estável
O Brasil também registrou 64.561 novos casos conhecidos da doença nas últimas 24 horas. Ao todo, 26.536.597 testes tiveram diagnóstico positivo desde o começo da pandemia.
A média móvel de casos conhecidos está em 169.301. O índice veio desacelerando no último mês e, hoje, voltou a apresentar tendência de estabilidade, com 13%. O DF e mais 16 estados apresentaram tendência de alta na média móvel de casos; cinco estados estão estáveis e cinco em queda.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (250%)
- Minas Gerais: alta (323%)
- Rio de Janeiro: alta (244%)
- São Paulo: alta (114%)
Região Norte
- Acre: alta (867%)
- Amazonas: alta (121%)
- Amapá: queda (-25%)
- Pará: alta (109%)
- Rondônia: alta (89%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: alta (150%)
- Bahia: alta (115%)
- Ceará: alta (109%)
- Maranhão: alta (70%)
- Paraíba: alta (348%)
- Pernambuco: alta (161%)
- Piauí: alta (139%)
- Rio Grande do Norte: alta (114%)
- Sergipe: alta (350%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: alta (253%)
- Goiás: alta (88%)
- Mato Grosso: alta (84%)
- Mato Grosso do Sul: alta (214%)
Região Sul
- Paraná: alta (275%)
- Rio Grande do Sul: alta (181%)
- Santa Catarina: alta (128%)
Dados do Ministério da Saúde
Em boletim divulgado hoje (6), o Ministério da Saúde informou o registro de 391 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas no Brasil. Desde o início da pandemia, foram notificados 632.193 óbitos provocados pela doença em todo o país.
Pelos números da pasta, também houve 59.737 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 26.533.010 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, até o momento houve 22.717.907 casos recuperados da doença em todo o país, com outros 3.182.910 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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