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Covid: Brasil volta a superar mil mortes e média passa de 800 após 175 dias

Mais de 630 mil brasileiros morreram em decorrência da covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde - PILAR OLIVARES/REUTERS
Mais de 630 mil brasileiros morreram em decorrência da covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde Imagem: PILAR OLIVARES/REUTERS

Isabella Cavalcante, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e São Paulo

08/02/2022 18h43Atualizada em 08/02/2022 20h54

Após uma leve baixa no fim de semana e na segunda-feira (7), o Brasil voltou a registrar mais de mil mortes em 24 horas causadas pela covid-19. Hoje, foram 1.174. A última vez em que o país teve um número de óbitos tão alto foi em 10 de agosto de 2021, com a notificação de 1.183 mortes.

A média móvel de mortes ficou acima de 700 pelo quinto dia consecutivo, batendo em 823. A marca não era atingida desde 17 de agosto, há quase seis meses, quando ficou em 833. A média móvel é o índice mais confiável para checar o avanço ou regresso da pandemia, calculada a partir da média de mortes dos últimos sete dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Todas as regiões estão em aceleração na média móvel de mortes: Centro Oeste (86%), Nordeste (151%), Norte (178%), Sudeste (182%) e Sul (210%). No país como um todo, a tendência é de aceleração (123%). Vinte e três estados e o Distrito Federal também estão em tendência de alta, três estão estáveis e nenhum em queda.

Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Desde o início da pandemia no Brasil, houve 633.894 mortes causadas pelo coronavírus.

A quantidade de novos casos conhecidos da doença também segue em alta, com 170.282 descobertos desde ontem e 26.775.419 ao todo. Já a média móvel ficou em 164.327.

A média móvel de casos veio desacelerando no último mês e, hoje, pelo terceiro dia seguido, voltou a apresentar tendência de estabilidade, com 2%. Ontem, o percentual ficou em 3% e anteontem em 13%.

Ao todo, 12 estados apresentaram tendência de alta na média móvel de casos; já o Distrito Federal e oito estados estão estáveis e seis em queda.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (193%)
  • Minas Gerais: alta (260%)
  • Rio de Janeiro: alta (289%)
  • São Paulo: alta (99%)

Região Norte

  • Acre: alta (367%)
  • Amazonas: alta (60%)
  • Amapá: estabilidade (10%)
  • Pará: alta (157%)
  • Rondônia: alta (91%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (124%)
  • Bahia: alta (138%)
  • Ceará: alta (76%)
  • Maranhão: alta (119%)
  • Paraíba: alta (468%)
  • Pernambuco: alta (132%)
  • Piauí: alta (212%)
  • Rio Grande do Norte: alta (118%)
  • Sergipe: alta (245%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (235%)
  • Goiás: alta (38%)
  • Mato Grosso: alta (123%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (128%)

Região Sul

  • Paraná: alta (119%)
  • Rio Grande do Sul: alta (88%)
  • Santa Catarina: alta (61%)

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado hoje (8), o Ministério da Saúde informou que foram notificadas 1.189 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o total de óbitos provocados pela doença chegou a 633.810.

Pelos dados do ministério, houve 177.027 testes positivos para a doença entre ontem e hoje em todo o país, elevando o total de infectados para 26.776.620 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 23.101.660 casos recuperados da doença até o momento, com outros 3.041.150 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.