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Covid: média móvel de mortes sobe para 880, pior desde agosto de 2021

Brasil se aproxima da marca de 640 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde - Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo
Brasil se aproxima da marca de 640 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde Imagem: Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo

Isabella Cavalcante, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e São Paulo

11/02/2022 18h22Atualizada em 12/02/2022 08h49

O Brasil voltou a registrar uma piora na média móvel de mortes pela covid-19 nesta sexta-feira (11). O número chegou a 880, o mais grave já registrado desde 12 de agosto de 2021, quando ficou em 884.

O índice é considerado o mais confiável para checar o avanço ou regresso da pandemia, calculado a partir da média de mortes dos últimos sete dias. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.121 mortes. Os dados são do consórcio de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Desde o início da pandemia no Brasil, foram registradas 637.232 mortes pelo coronavírus.

Todas as regiões do Brasil estão em aceleração na média móvel de mortes: Centro Oeste (39%), Nordeste (93%), Norte (101%), Sudeste (84%) e Sul (133%). No país como um todo, a tendência é de aceleração (68%). Vinte e três estados e o Distrito Federal também estão em tendência de alta, três estão estáveis e nenhum em queda.

Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Nas últimas 24 horas, o país registrou 166.528 novos casos conhecidos da doença. Com isso, a média móvel ficou em 139.001.

A média móvel de casos vem desacelerando no último mês e, hoje, pelo segundo dia consecutivo, apresenta tendência de queda, de -24%.

Ao todo, seis estados apresentaram tendência de alta na média móvel de casos; já outros oito estão estáveis, enquanto o Distrito Federal e 12 estados estão em queda.

Desde o início da pandemia, Brasil teve 27.292.040 casos conhecidos para a covid-19.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (140%)
  • Minas Gerais: alta (153%)
  • Rio de Janeiro: alta (210%)
  • São Paulo: alta (39%)

Região Norte

  • Acre: alta (133%)
  • Amazonas: alta (30%)
  • Amapá: alta (46%)
  • Pará: alta (111%)
  • Rondônia: alta (86%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (85%)
  • Bahia: alta (130%)
  • Ceará: alta (25%)
  • Maranhão: alta (103%)
  • Paraíba: alta (84%)
  • Pernambuco: alta (109%)
  • Piauí: alta (309%)
  • Rio Grande do Norte: alta (56%)
  • Sergipe: alta (135%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (152%)
  • Goiás: estabilidade (8%)
  • Mato Grosso: alta (39%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (62%)

Região Sul

  • Paraná: alta (42%)
  • Rio Grande do Sul: alta (78%)
  • Santa Catarina: alta (23%)

Dados do Ministério da Saúde

Nas últimas 24 horas, houve o registro de 1.135 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil. Ao todo, a doença já provocou 637.152 óbitos no país desde o início da pandemia. As informações foram divulgadas hoje (11) pelo Ministério da Saúde.

Pelos números da pasta, também foram confirmados 166.009 casos da doença no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 27.285.509 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 23.568.213 casos recuperados de covid-19 até o momento no país, com outros 3.080.144 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.