Número de UTIs lotadas por covid cai em SP, mas casos de urgência aumentam
O número de UTIs (unidades de terapia intensiva) lotadas com pacientes internados com covid-19 voltou a cair em São Paulo neste mês. De acordo com o SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo), a taxa de unidades de alta complexidade com ocupação acima de 80% caiu para 11% no início de fevereiro contra 39% em janeiro.
O levantamento feito com dados de 72 hospitais no estado, mostra, no entanto, que os casos de urgência aumentaram. Na última quarta (9), o governo paulista disse que o estado teve mais de uma semana consecutiva com queda nas novas internações pela primeira vez desde o início de dezembro.
A pesquisa compara as internações entre 12 e 19 de janeiro e 1º a 9 de fevereiro. No primeiro período, quando houve explosão causada pela variante ômicron do coroanvírus, 39% tinham ocupação superior a 80%, enquanto, no segundo, caiu para 11%.
A grande maioria dos pacientes em leitos de UTI (76%) é de idosos entre 60 e 79 anos. Nos leitos clínicos, também, mas com proporção menor (41%), o que indica maior distribuição em casos menos graves.
Ao todo, são 1.907 leitos para covid nos 72 hospitais que integram o levandamento — 52 pediátricos, 644 de UTI e 1.211 de enfermaria. De acordo com o SindHosp, os dados foram coletados de acordo com o tempo de resposta dos hospitais (por isso o primeiro levantamento tem oito dias e o segundo, nove) e isso não impacta no resultado.
As unidades descartam colapso. Segundo a SindHosp, 95% dos hospitais relataram capacidade de aumento de leitos para covid "caso haja necessidade".
Atendimentos de urgência aumentaram
Por outro lado, se mantêm em alta os atendimentos de urgência para pacientes com suspeita de covid. Segundo o texto, metade das unidades (51%) teve aumento de 20% no atendimento de urgência, enquanto um terço registrou crescimento de até 40% desses casos.
"Esse aumento nos atendimentos de urgência tem gerado espera de uma hora em 51% dos hospitais e de duas a três horas em 32% dos serviços de saúde", informa a pesquisa.
Em comunicado, Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, aponta que o aumento dos atendimentos de urgência em prontos-socorros em contraposição à diminuição das internações em UTI pode indicar que a incidência de quadros mais leves da doença em razão da vacinação em massa.
"Mas alertamos que o período de Carnaval, com a decretação de ponto facultativo, pode propiciar aglomerações e reiniciar uma nova onda de infecções", disse Balestrin.
Internações caíram em todo o estado, diz governo
Na última quarta, a Secretaria de Saúde já havia indicado queda nas internações por covid por oito dias consecutivos, após alta de dois meses. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, nesta semana o estado apresentou queda de 17% na média de novas internações depois do pico na última semana de janeiro.
Segundo a pasta, o estado teve uma média 1.264 novas internações por dia na primeira semana de fevereiro, ante a 1.521 na semana anterior. Esta é a primeira queda desde o início de dezembro, quando a variante ômicron foi identificada no país.
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