Covid: Brasil completa uma semana com média móvel de mortes acima de 800
O Brasil completou hoje uma semana com média móvel de mortes por covid-19 acima de 800. Na sexta-feira (11), o número chegou perto de 900 e hoje seguiu a tendência, com a média em 885.
A última vez em que o país ultrapassou essa marca de média móvel de óbitos foi em agosto de 2021. A média móvel é o índice mais confiável para checar o avanço ou regresso da pandemia, calculado a partir da média de mortes dos últimos sete dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
Em 24 horas, o Brasil teve 464 mortes causadas pelo coronavírus, acumulando 638.913 vidas perdidas pela doença desde o início da pandemia.
Rondônia enviou os dados com ressalvas, notificando 72 mortes de domingo para segunda-feira. O aumento no registro óbitos seria um resultado do ataque hacker ao banco de dados do Ministério da Saúde em dezembro, que desacelerou o registro de mortes em municípios do estado, que espera normalizar a situação ainda essa semana.
Quatro regiões do Brasil estão em aceleração na média móvel de mortes: Nordeste (40%), Norte (47%), Sudeste (57%) e Sul (61%). Apenas o Centro-oeste está em estabilidade, com 5%. No país como um todo, a tendência é de aceleração (46%).
Dezoito estados e o Distrito Federal também estão em tendência de alta, seis estão estáveis e dois em queda.
Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.
Também em 24 horas, o país registrou 58.100 novos casos conhecidos de covid-19. Com isso, o Brasil já teve 27.541.131 registros positivos para doença.
A média móvel de casos ficou em 133.713 casos. Este indicador vem desacelerando no último mês e, pelo quinto dia seguido, apresenta tendência de queda, de -28%.
São quatro estados com média móvel de casos em aceleração, outros nove em estabilidade e 13 estados e o Distrito Federal com queda.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (36%)
- Minas Gerais: alta (72%)
- Rio de Janeiro: alta (174%)
- São Paulo: alta (38%)
Região Norte
- Acre: alta (35%)
- Amazonas: queda (-28%)
- Amapá: alta (35%)
- Pará: alta (77%)
- Rondônia: alta (348%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: alta (63%)
- Bahia: alta (97%)
- Ceará: estabilidade (-5%)
- Maranhão: alta (105%)
- Paraíba: alta (59%)
- Pernambuco: alta (65%)
- Piauí: alta (119%)
- Rio Grande do Norte: estabilidade (13%)
- Sergipe: alta (69%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estabilidade (69%)
- Goiás: queda (-18%)
- Mato Grosso: estabilidade (3%)
- Mato Grosso do Sul: alta (26%)
Região Sul
- Paraná: alta (34%)
- Rio Grande do Sul: alta (60%)
- Santa Catarina: estabilidade (-3%)
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou hoje (14) que houve 473 novas mortes provocadas pela covid-19 notificadas nas últimas 24 horas no Brasil. O total de óbitos causados pela doença subiu para 638.835 desde o começo da pandemia.
Pelos números do ministério, houve 58.540 diagnósticos positivos para a doença entre ontem e hoje no país. Desde março de 2020, o total de infectados chegou a 27.538.503.
De acordo com o governo federal, houve 23.969.577 casos recuperados de covid-19 até o momento no país, com outros 2.930.091 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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