Topo

Esse conteúdo é antigo

Covid: Brasil completa uma semana com média móvel de mortes acima de 800

Brasil já registrou mais de 638 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde - Luis Alvarenga/Getty Images
Brasil já registrou mais de 638 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde Imagem: Luis Alvarenga/Getty Images

Isabella Cavalcante, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

14/02/2022 19h09

O Brasil completou hoje uma semana com média móvel de mortes por covid-19 acima de 800. Na sexta-feira (11), o número chegou perto de 900 e hoje seguiu a tendência, com a média em 885.

A última vez em que o país ultrapassou essa marca de média móvel de óbitos foi em agosto de 2021. A média móvel é o índice mais confiável para checar o avanço ou regresso da pandemia, calculado a partir da média de mortes dos últimos sete dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Em 24 horas, o Brasil teve 464 mortes causadas pelo coronavírus, acumulando 638.913 vidas perdidas pela doença desde o início da pandemia.

Rondônia enviou os dados com ressalvas, notificando 72 mortes de domingo para segunda-feira. O aumento no registro óbitos seria um resultado do ataque hacker ao banco de dados do Ministério da Saúde em dezembro, que desacelerou o registro de mortes em municípios do estado, que espera normalizar a situação ainda essa semana.

Quatro regiões do Brasil estão em aceleração na média móvel de mortes: Nordeste (40%), Norte (47%), Sudeste (57%) e Sul (61%). Apenas o Centro-oeste está em estabilidade, com 5%. No país como um todo, a tendência é de aceleração (46%).

Dezoito estados e o Distrito Federal também estão em tendência de alta, seis estão estáveis e dois em queda.

Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Também em 24 horas, o país registrou 58.100 novos casos conhecidos de covid-19. Com isso, o Brasil já teve 27.541.131 registros positivos para doença.

A média móvel de casos ficou em 133.713 casos. Este indicador vem desacelerando no último mês e, pelo quinto dia seguido, apresenta tendência de queda, de -28%.

São quatro estados com média móvel de casos em aceleração, outros nove em estabilidade e 13 estados e o Distrito Federal com queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (36%)
  • Minas Gerais: alta (72%)
  • Rio de Janeiro: alta (174%)
  • São Paulo: alta (38%)

Região Norte

  • Acre: alta (35%)
  • Amazonas: queda (-28%)
  • Amapá: alta (35%)
  • Pará: alta (77%)
  • Rondônia: alta (348%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (63%)
  • Bahia: alta (97%)
  • Ceará: estabilidade (-5%)
  • Maranhão: alta (105%)
  • Paraíba: alta (59%)
  • Pernambuco: alta (65%)
  • Piauí: alta (119%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (13%)
  • Sergipe: alta (69%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (69%)
  • Goiás: queda (-18%)
  • Mato Grosso: estabilidade (3%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (26%)

Região Sul

  • Paraná: alta (34%)
  • Rio Grande do Sul: alta (60%)
  • Santa Catarina: estabilidade (-3%)

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou hoje (14) que houve 473 novas mortes provocadas pela covid-19 notificadas nas últimas 24 horas no Brasil. O total de óbitos causados pela doença subiu para 638.835 desde o começo da pandemia.

Pelos números do ministério, houve 58.540 diagnósticos positivos para a doença entre ontem e hoje no país. Desde março de 2020, o total de infectados chegou a 27.538.503.

De acordo com o governo federal, houve 23.969.577 casos recuperados de covid-19 até o momento no país, com outros 2.930.091 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.