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Covid: Média móvel de mortes completa 40 dias em queda e fica abaixo de 200

Mais de 660 mil pessoas morreram em decorrência da covid-19 no Brasil - Getty Images
Mais de 660 mil pessoas morreram em decorrência da covid-19 no Brasil Imagem: Getty Images

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

05/04/2022 18h51

O Brasil completou hoje 40 dias com tendência de queda na média móvel pela covid-19. Pelo quarto dia consecutivo, o indicador ficou abaixo de 200, marcando 185 óbitos, o que não era visto desde 18 de janeiro. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.

Nas últimas 24 horas foram registradas 205 mortes pela covid-19. Acre, Mato Grosso e Roraima não registraram óbitos pela doença hoje. Ao todo, desde o início da pandemia, foram 660.586 vidas perdidas no Brasil em decorrência da covid-19.

Todas as cinco regiões do país acompanham esse cenário nacional de redução nos óbitos: Centro-Oeste (-46%), Nordeste (-43%), Norte (-34%), Sudeste (-26%) e Sul (-27%). Entre as unidades da federação, 18 estados e o Distrito Federal apresentam queda. Outros seis estados registram estabilidade e apenas o Amazonas registra tendência de alta nas mortes pela covid, de 50%. O índice do país ficou em -36%.

Este cálculo compara a média móvel de hoje com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Além disso, nas últimas 24 horas, foram 35.465 novos casos conhecidos de covid-19. Ao todo, o Brasil acumula 30.037.813 testes positivos registrados desde o início da pandemia.

A média móvel de casos conhecidos ficou hoje em 22.262, com tendência de queda há 16 dias seguidos - hoje em -38%). O cenário de queda se repete em todas as unidades da federação.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-72%)
  • Minas Gerais: queda (-28%)
  • Rio de Janeiro: queda (-29%)
  • São Paulo: queda (-35%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: alta (50%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: estabilidade (-13%)
  • Rondônia: queda (-71%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-54%)
  • Bahia: queda (-58%)
  • Ceará: queda (-27%)
  • Maranhão: queda (-67%)
  • Paraíba: queda (-63%)
  • Pernambuco: estabilidade (-16%)
  • Piauí: queda (-33%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (11%)
  • Sergipe: estabilidade (9%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-47%)
  • Goiás: queda (-48%)
  • Mato Grosso: queda (-55%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-19%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-75%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-28%)
  • Santa Catarina: queda (-42%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde informou hoje (5) que o Brasil registrou 216 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença já provocou 660.528 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 27.331 diagnósticos positivos para a covid-19 entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.040.129 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 28.892.353 casos recuperados da doença até agora no país, com outros 487.248 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.