Covid: Brasil tem 2º dia seguido de média de mortes abaixo de 100
Com 45 óbitos pela covid-19 registrados nas últimas 24 horas no Brasil, o país chegou à média móvel de 96 mortes, no segundo dia seguido abaixo de 100. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
A média móvel é considerada por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.
Tradicionalmente, aos finais de semana e feriados os números são mais baixos, o que ajuda a explicar os dados, mas o país vem em uma sequência de quase dois meses registrando quedas diárias de óbitos. Neste sábado (23):
- 10 estados não registraram mortes: Alagoas, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí e Sergipe;
- 6 estados não atualizaram os dados de casos e óbitos: Acre, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, foram 662.663 vidas perdidas em decorrência da doença causada pelo coronavírus no Brasil.
A média móvel de mortes no Brasil apresenta tendência de queda (-36%) há 57 dias seguidos. Três regiões do país acompanham o cenário nacional de redução do indicador, Centro-Oeste (-68%), Norte (-17%) e Sudeste (-25%), enquanto Nordeste (-15%) e Sul (-9%) apresentam estabilidade.
Neste sábado, 18 estados e o Distrito Federal tiveram queda na média de mortes pela covid. Outros sete registraram estabilidade e só a Paraíba teve elevação (ainda assim, teve apenas duas mortes).
Esse cálculo compara a média móvel de hoje com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, a tendência indicada é de alta; abaixo de -15%, de queda; entre 15% e -15% significa estabilidade.
Também foram registrados 7.553 novos casos nas últimas 24 horas. Ao todo, o país acumula 30.341.854 diagnósticos.
Como muitos estados não publicam com regularidade informações sobre o número de vacinas aplicadas em fins de semana e feriados, o Consórcio de Veículos de Imprensa só publicará esses dados em dias úteis. A coleta e divulgação de números de casos de covid e mortes decorrente da doença continuarão sendo diárias.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-32%)
- Minas Gerais: estabilidade (-8%)
- Rio de Janeiro: queda (-56%)
- São Paulo: queda (-31%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: estabilidade (0%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: estabilidade (14%)
- Rondônia: queda (-40%)
- Roraima: queda (-100%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-59%)
- Bahia: queda (-32%)
- Ceará: queda (-33%)
- Maranhão: queda (-75%)
- Paraíba: alta (67%)
- Pernambuco: queda (-24%)
- Piauí: queda (-100%)
- Rio Grande do Norte: queda (-71%)
- Sergipe: queda (-77%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-50%)
- Goiás: queda (-75%)
- Mato Grosso: queda (-67%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-60%)
Região Sul
- Paraná: estabilidade (-13%)
- Rio Grande do Sul: queda (-33%)
- Santa Catarina: queda (-41%)
Dados do governo
Nas últimas 24 horas, o Brasil notificou 53 novas mortes causadas pela covid-19, como informou o Ministério da Saúde em boletim divulgado hoje. Até o momento, a doença já provocou 662.610 óbitos em todo o país.
Entre ontem e hoje, houve 6.957 casos confirmados de covid-19 em todo o país, segundo o ministério. O total de infectados subiu para 30.345.654 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 29.364.400 casos recuperados da doença até o momento, com outros 318.644 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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