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Covid: Média móvel de mortes volta a passar de cem após 8 dias

Brasil já registrou mais de 30,4 milhões de casos confirmados de covid-19 - Bruna Prado/Getty Images
Brasil já registrou mais de 30,4 milhões de casos confirmados de covid-19 Imagem: Bruna Prado/Getty Images

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

28/04/2022 18h34Atualizada em 28/04/2022 20h28

A média móvel de mortes por covid-19 voltou a ficar acima de cem após 8 dias. Hoje, o índice ficou em 105. Nas últimas 24 horas, foram 124 óbitos no Brasil. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é calculada a partir da média de mortes ou de casos dos últimos sete dias. O índice é considerado por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia.

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe não notificaram óbitos pela doença nesta quinta-feira (28). No Espírito Santo, o número foi negativo, com menos uma morte registrada no sistema. A Secretaria de Estado de Saúde informou que está investigando o que aconteceu. Desde o início da pandemia, foram 663.289 vidas perdidas em decorrência da covid-19 no Brasil.

No país, a média móvel de mortes se mantém em tendência de estabilidade pelo segundo dia seguido, em -6% na comparação com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Duas das cinco regiões do país seguiram a tendência nacional de estabilidade nos óbitos: Nordeste (-6%) e Norte (-12%). Já outras três tiveram queda: Centro-Oeste (-16%), Sudeste (-24%) e Sul (-35%).

Além disso, 12 estados e o Distrito Federal tiveram queda na média de mortes pela covid. Seis estados registraram estabilidade e outros oito tiveram elevação nos registros.

Além disso, nas últimas 24 horas foram 19.488 novos casos conhecidos da doença. Com isso, o país acumula 30.414.677 registros desde o início da pandemia.

A média móvel de casos ficou em 12.754 registros. O indicador se mantém há 39 dias em tendência de redução (hoje em -26%).

Quatro das cinco regiões do país acompanham esse cenário e apenas o Nordeste tem estabilidade, com -10%. Já entre as unidades da federação, 17 registram queda, três têm estabilidade e sete, aumento.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-95%)
  • Minas Gerais: queda (-33%)
  • Rio de Janeiro: alta (110%)
  • São Paulo: estabilidade (-5%)

Região Norte

  • Acre: alta (300%)
  • Amazonas: queda (-40%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: alta (31%)
  • Rondônia: alta (350%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-79%)
  • Bahia: queda (-21%)
  • Ceará: alta (16%)
  • Maranhão: estabilidade (0%)
  • Paraíba: estabilidade (0%)
  • Pernambuco: queda (-46%)
  • Piauí: queda (-100%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-33%)
  • Sergipe: queda (-88%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-35%)
  • Goiás: queda (-22%)
  • Mato Grosso: alta (80%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (17%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-62%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-40%)
  • Santa Catarina: alta (35%)

Dados do governo

O Brasil reportou 114 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como mostra o boletim divulgado hoje (28) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, a doença causou 663.225 óbitos em todo o país.

Pelos dados do ministério, houve 19.916 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.418.920 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 29.499.422 casos recuperados da doença até o momento, com outros 256.273 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.