Covid: Média móvel de mortes volta a passar de cem após 8 dias
A média móvel de mortes por covid-19 voltou a ficar acima de cem após 8 dias. Hoje, o índice ficou em 105. Nas últimas 24 horas, foram 124 óbitos no Brasil. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
A média móvel é calculada a partir da média de mortes ou de casos dos últimos sete dias. O índice é considerado por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia.
Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe não notificaram óbitos pela doença nesta quinta-feira (28). No Espírito Santo, o número foi negativo, com menos uma morte registrada no sistema. A Secretaria de Estado de Saúde informou que está investigando o que aconteceu. Desde o início da pandemia, foram 663.289 vidas perdidas em decorrência da covid-19 no Brasil.
No país, a média móvel de mortes se mantém em tendência de estabilidade pelo segundo dia seguido, em -6% na comparação com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.
Duas das cinco regiões do país seguiram a tendência nacional de estabilidade nos óbitos: Nordeste (-6%) e Norte (-12%). Já outras três tiveram queda: Centro-Oeste (-16%), Sudeste (-24%) e Sul (-35%).
Além disso, 12 estados e o Distrito Federal tiveram queda na média de mortes pela covid. Seis estados registraram estabilidade e outros oito tiveram elevação nos registros.
Além disso, nas últimas 24 horas foram 19.488 novos casos conhecidos da doença. Com isso, o país acumula 30.414.677 registros desde o início da pandemia.
A média móvel de casos ficou em 12.754 registros. O indicador se mantém há 39 dias em tendência de redução (hoje em -26%).
Quatro das cinco regiões do país acompanham esse cenário e apenas o Nordeste tem estabilidade, com -10%. Já entre as unidades da federação, 17 registram queda, três têm estabilidade e sete, aumento.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-95%)
- Minas Gerais: queda (-33%)
- Rio de Janeiro: alta (110%)
- São Paulo: estabilidade (-5%)
Região Norte
- Acre: alta (300%)
- Amazonas: queda (-40%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: alta (31%)
- Rondônia: alta (350%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-79%)
- Bahia: queda (-21%)
- Ceará: alta (16%)
- Maranhão: estabilidade (0%)
- Paraíba: estabilidade (0%)
- Pernambuco: queda (-46%)
- Piauí: queda (-100%)
- Rio Grande do Norte: queda (-33%)
- Sergipe: queda (-88%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-35%)
- Goiás: queda (-22%)
- Mato Grosso: alta (80%)
- Mato Grosso do Sul: alta (17%)
Região Sul
- Paraná: queda (-62%)
- Rio Grande do Sul: queda (-40%)
- Santa Catarina: alta (35%)
Dados do governo
O Brasil reportou 114 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como mostra o boletim divulgado hoje (28) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, a doença causou 663.225 óbitos em todo o país.
Pelos dados do ministério, houve 19.916 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.418.920 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, houve 29.499.422 casos recuperados da doença até o momento, com outros 256.273 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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