Região belga é 1ª no mundo a recomendar quarentena contra varíola do macaco
A região de Flandres, na Bélgica, recomendou quarentena de 21 dias para os pacientes com confirmação ou suspeita de varíola do macaco. O anúncio acontece após o país confirmar três casos da doença viral.
"Até que a possibilidade de infecção não seja descartada ou que tenha passado, o paciente deve ficar em isolamento até as lesões secarem e curarem, tipicamente em 21 dias", diz o comunicado da agência de saúde local.
Este é o primeiro anúncio recomendando isolamento para conter a doença, que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), já foi confirmada em 11 países na Europa e na América do Norte. Ao menos oitenta casos já foram confirmados.
A OMS diz trabalhar em conjunto com essas nações para apoiar os pacientes e entender como a transmissão começou.
O que é varíola do macaco?
A varíola do macaco, ou "ortopoxvirosis simia", é uma doença rara cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa. Quando o vírus se propaga para o ser humano, é principalmente a partir de diversos animais selvagens, roedores ou primatas.
A infecção nos casos iniciais se deve ao contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou membranas mucosas de animais infectados.
A transmissão secundária, de pessoa para pessoa, pode ser resultado do contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias, lesões na pele de uma pessoa infectada ou objetos recentemente contaminados com fluidos biológicos ou materiais das lesões de um paciente.
Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados em pacientes antigos de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e dorsais durante os primeiros cinco dias.
Depois, aparecem erupções —no rosto, palmas das mãos e solas dos pés—, lesões, pústulas e finalmente crostas.
Esta doença foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, em um menino de 9 anos que vivia em uma região onde a varíola havia sido erradicada desde 1968.
Desde 1970, foram registrados casos humanos de "ortopoxvirosis simia" em 10 países africanos. No início de 2003, também foram confirmados casos nos Estados Unidos, os primeiros fora do continente africano.
*Com AFP
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