Argentina registra primeiro caso suspeito de varíola do macaco
A Argentina registrou no domingo (22) à noite o primeiro caso suspeito da varíola do macaco, doença comumente encontrada na África, mas que tem se espalhado pela Europa e América do Norte. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde argentino.
O possível enfermo é um morador de Buenos Aires, que se consultou em uma clínica no fim de semana com o sintoma mais característico da doença: pústulas pelo corpo. O homem também apresentou febre.
Ele foi isolado e está recebendo tratamento para os sintomas, enquanto amostras colhidas estão sendo analisadas por especialistas e pesquisadores.
O residente de Buenos Aires tem histórico de viagem recente para Espanha, país com casos dessa varíola confirmados, e retornou no dia 16 de maio para a Argentina.
Médicos e estudiosos de Buenos Aires criaram um grupo de trabalho para coordenar ações clínicas e epidemiológicas para poder validar ou descartar o caso. Além disso, eles irão propor medidas para controlar possíveis transmissões.
Casos pelo mundo
Até sábado (21), a ONU (Organização das Nações Unidas) tinha registro de 92 pacientes confirmados com esse tipo de varíola e 28 casos suspeitos em países que são considerados não endêmicos para a doença.
A varíola dos macacos é uma doença infecciosa que geralmente é leve e é endêmica em partes da África ocidental e central. É espalhada por contato próximo, e pode ser contida com relativa facilidade por meio de medidas como isolamento e higiene.
"O que parece estar acontecendo agora é que ela entrou na população como uma forma sexual, como uma forma genital, e está se espalhando assim como as infecções sexualmente transmissíveis, o que amplificou sua transmissão em todo o mundo", disse David Heymann, funcionário da OMS (Organização Mundial da Saúde) e um especialista em doenças infecciosas, à agência Reuters.
Heymann disse que um comitê internacional de especialistas se reuniu por videoconferência para analisar o que precisava ser estudado sobre o surto e comunicado ao público, incluindo se há disseminação assintomática, quem está em maior risco e as várias vias de transmissão.
O comitê, no entanto, não é o grupo que sugeriria declarar uma emergência de saúde pública de interesse internacional, a maior forma de alerta da OMS, que se aplicou à pandemia de covid-19.
*Com informações da Agência Brasil
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