Covid: Média móvel de casos volta a registrar alta após oito dias estável
Com 22.527 registros, a média móvel de casos de covid-19 voltou a registrar alta nesta sexta-feira (27) após ficar oito dias em tendência de estabilidade. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
O indicador variou 27% em relação a 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, como hoje, indica tendência de alta. Quando está abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.
A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O indicador é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.
Duas regiões do país acompanham tendência nacional de alta na média móvel de casos: Centro-Oeste (45%) e Sudeste (46%). Já outras regiões têm estabilidade: Nordeste (6%) e Sul (12%). Já o Norte registra queda, de -20%.
Entre as unidades da federação, 15 registram tendência de alta, outras seis de estabilidade e mais seis, de queda.
Hoje foram 48.251 novos casos conhecidos de covid-19 no Brasil. Ao todo, desde o início da pandemia, são 30.917.196 testes positivos.
Nas últimas 24 horas, foram registradas 117 mortes pela doença no país. A média móvel de óbitos ficou em 110, e chegou ao quinto dia em tendência de estabilidade. Hoje variou 4% em relação a 14 dias atrás.
Duas regiões acompanham o cenário nacional de estabilidade na média móvel de mortes: Nordeste (-5%) e Sudeste (-4%). Já outras três regiões registram tendência de alta: Centro-Oeste (33%), Norte (52%) e Sul (19%).
Na análise por unidade federativa, 12 estados apresentam tendência de estabilidade na média de mortes e outros oito estados, de alta. Em cinco outros estados e no Distrito Federal, a tendência é de queda.
Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins não registraram óbitos nesta sexta-feira (27). Já o Mato Grosso não atualizou os dados por conta de uma manutenção no sistema. Desde o início da pandemia, o Brasil acumula 666.365 mortes pela doença.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (600%)
- Minas Gerais: alta (145%)
- Rio de Janeiro: queda (-20%)
- São Paulo: queda (-17%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: estabilidade (0%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: alta (115%)
- Rondônia: queda (-71%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-100%)
- Bahia: queda (-60%)
- Ceará: alta (17%)
- Maranhão: estabilidade (0%)
- Paraíba: estabilidade (0%)
- Pernambuco: estabilidade (4%)
- Piauí: estabilidade (50%)
- Rio Grande do Norte: estabilidade (0%)
- Sergipe: estabilidade (0%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-40%)
- Goiás: alta (53%)
- Mato Grosso: não atualizou as informações hoje
- Mato Grosso do Sul: alta (50%)
Região Sul
- Paraná: estabilidade (12%)
- Rio Grande do Sul: alta (29%)
- Santa Catarina: estabilidade (13%)
Dados do governo
Nas últimas 24 horas, foram notificadas 139 novas mortes causadas pela covid no Brasil, como indica o boletim divulgado hoje (27) pelo Ministério da Saúde. O total de óbitos provocados pela doença desde o começo da pandemia chegou a 666.319, segundo o informativo.
Pelos números do ministério, houve 40.633 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.921.145 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 29.939.873 casos recuperados da doença até o momento, com outros 314.953 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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